É comum ouvir nas academias de Jiu-Jitsu que a repetição é o segredo para executar uma posição com propriedade. Frases como “para ficar no automático” ou “grudar no cérebro” são facilmente atreladas às repetições, mas pesquisas científicas embasaram as descobertas clássicas da nossa arte suave.
Em um estudo realizado na Faculdade Imperial de Londres, análises práticas mostraram como a repetição de movimentos trouxe melhorias não só na parte física dos atletas, mas também nas complexas ligações do cérebro. Isso porque foi constatado que, no cérebro de faixas-pretas, a comunicação interna por meio de pulsos elétricos foi aprimorada após anos de treinos, inclusive com o desenvolvimento maior da massa branca, que é um conjunto de fibras cerebrais capazes de melhorar a migração de informações entre partes do órgão.
A pesquisa, feita com atletas de karatê, mostrou que ações como quebrar tijolos exigem menos de força e mais da velocidade e técnica aplicadas no movimento. Atletas mais experientes conseguiam coordenar os movimentos de punho e ombros mais eficazmente do que atletas menos graduados, influencia também da velocidade como eles transmitiam pulsos de eletricidade no cérebro.
Portanto, na próxima vez que o seu professor te colocar para fazer uma sessão interminável de drill para “grudar no cérebro”, tenha certeza que a repetição será de fato boa para a sua cabeça. Bons treinos!
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