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Mundial de Jiu-Jitsu 2018: A meta de Tayane Porfírio antes de pendurar o kimono

Tayane leva as mãos ao rosto, emocionada, após conquistar o ouro no superpesado. Foto: IBJJF

Reinando soberana na divisão feminina, pelo segundo ano consecutivo, Tayane Porfírio atuou no Mundial de Jiu-Jitsu da IBJJF, encerrado no último domingo, dia 3 de junho, em mais uma campanha perfeita. A fera da nossa GMI Alliance Rio voltou para casa mais uma vez com o ouro duplo na competição mais acirrada da arte suave, ao vencer no superpesado e no absoluto, mas neste 2018 outro inimigo esteve à sua espreita.

Depois de um início de temporada complicado, após sofrer com três hérnias na coluna e uma complicada artrose, Tayane passou por meses intensos de fisioterapia, para poder, enfim, retornar a competir. Depois de vencer suas limitações e medos, e garantir o lugar mais alto no ranking faixa-preta da IBJJF, que valeu 15 mil dólares, Tayane chegou com fôlego ainda maior para repetir a façanha de 2017.

Conversamos com a atleta e ela falou sobre a superação no campeonato, tanto física quanto mental, o sabor dos títulos devidamente defendidos e o objetivo maior da campeã, que após ser alcançado poderá marcar sua despedida dos tatames. Confira!

Depois de conquistar o Mundial de forma completa em 2017, você voltou à Califa, batalhou no superpesado e no absoluto, e conquistou mais uma vez o ouro duplo. Existe uma diferença na emoção após repetir o feito de 2017 em 2018?

Tayane Porfírio: A cada ano a emoção aumenta, sabe. Teve muita gente que me perguntou porque não comemorei ou algo do tipo. A verdade é que eu não estava em um momento muito agradável. Meu avô está internado, e estava com bastante dor na minha lesão. Mas eu não quer dizer que não estava feliz em competir, estava muito feliz mesmo.

Apesar da conquista dupla, você teve uma série de lesões ao longo desta temporada. Em qual situação elas te incomodaram mais no caminho do ouro e qual foi sua maior superação física para reinar no feminino?

Acho que minha maior superação não foi física, e sim mental. Deixar meus problemas de lado naquele momento, pois estava muito triste por tudo que aconteceu comigo nessa temporada. Mesmo assim, achei que foi um dos meus melhores campeonatos, por tudo que passei para chegar até lá. Acho que minha maior superação foi vencer os meus medos.

Qual foi o duelo mais complicado para você nesta campanha? Talvez a final contra a Nathiely de Jesus, que atacou com uma boa omoplata na final do absoluto…

Eu fiz seis lutas no total e todas as lutas foram muito difíceis. Não existe luta fácil, mas acho que às vezes quero lutar muito para os outros e isso acaba me atrapalhando. A Nathiely sempre traz perigo. No lance da omoplata eu iria deixar ela raspar, só que ela não quis subir e preferiu a omoplata. Eu tenho o ombro um pouco flexível, então acaba demorando mais pra pegar. É claro que eu estava com medo de pegar, mas eu vi que faltavam só alguns segundos para acabar o tempo, então não me desesperei tanto para me defender. Parei e pensei: “Deus, obrigada por ter me permitido chegar até aqui”, e daí veio o apito final.

Em sua segunda temporada como faixa-preta, você venceu todos os torneios que participou, dentre os mais disputados do planeta. Qual a próxima ambição da Tayane no mundo competitivo no Jiu-Jitsu? Existe alguma meta a ser buscada ainda?

Minha ambição ainda são seis mundiais! Depois que eu conquistar isto eu me aposento. Gostaria também de dar mais seminários, talvez. Quero dar mais de visibilidade pra as mulheres grandes, sabe. É isso que eu busco, que as mulheres sejam mais reconhecidas profissionalmente. Esse é um dos meus sonhos também, ser mais reconhecida pelo meu trabalho.

E qual o conselho que a super campeã do feminino tem para passar às demais mulheres que buscam seu espaço num esporte disputado como o Jiu-Jitsu?

Nunca desistir. Esse mundial me fez ver o quanto Deus intercede por mim, porque eu realmente estava muito mal de cabeça, talvez por não ter treinado como eu queria, por terem aparecido dificuldades familiares, eu não estava bem espiritualmente. Muitas pessoas deixam de seguir em frente porque alguém que convive com ela diz que não é possível, e vamos deixando sonhos para trás por medo do que as pessoas vão falar. Devemos seguir enfrente, seguir nosso coração, o importante é ser feliz, o resto é consequência.

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