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Cara de Sapato analisa UFC Rio e futuro de Marcus Buchecha no Jiu-Jitsu e no MMA

Buchecha e Cara de Sapato após fecharem o absoluto faixa-preta no Pan em 2012. Foto: Arquivos GRACIEMAG

Atleta de MMA em rápida ascensão nos pesos médios do UFC, Antônio Cara de Sapato é um velho conhecido de GRACIEMAG. Antes de se aventurar com sucesso no esporte de luvas, o casca-grossa nordestino defendia a bandeira da equipe Checkmat em torneios de kimono mundo a fora. Ex-companheiro de treinos de Marcus Bucheha, a fera conversou conosco e comentou a campanha do amigo e como vê os próximos passos da estrela dos tatames.

A conversa se misturou entre análises do Jiu-Jitsu e do MMA. Sempre bem informado sobre os dois mundos, Cara de Sapato conseguiu vislumbrar mais dias de glória para Buchecha na arte suave, e falou também de sua escalada no UFC. Se tem vontade de voltar ao Jiu-Jitsu? Bem, se o retorno acontecer um dia, ele já sabe quem desejaria enfrentar.

Confira o papo!

GRACIEMAG.com: Você e Buchecha costumavam fechar absolutos para a Checkmat. Como você vê o sucesso do amigo nos tatames hoje em dia?

Cara de Sapato: Bom demais ver como o Buchecha está brilhando nos tatames. Um grande fenômeno do esporte. Venceu o absoluto faixa-preta cinco vezes, bateu o próprio recorde dele que era de quatro títulos. Ele é mesmo o maior de todos os tempos, fazendo história no Jiu-Jitsu. Maior orgulho de ter treinado junto dele e ter ele como amigo.

E quanto ao Cara de Sapato? Tem mantido firme os treinos de kimono ou os específicos sem pano tomaram conta da rotina do agora atleta de MMA?

Quando estou de férias eu gosto muito de treinar de kimono. Durante os camps fica mais complicado, por conta dos treinos de trocação e wrestling. Mas sempre que posso e estou fora de camp eu boto o kimono para dar uma suada. Estava no Rio de Janeiro e treinei com os amigos Thales Leites e Igor Silva, por exemplo. Gosto muito de treinar de pano e praticar minhas pegadas, quando estou de férias.

Você sente saudade de competir quando vê um Mundial pegando fogo na Califórnia? Qual atleta da atualidade você acha que faria um lutão contra você?

Sempre dá. Vejo o pessoal lutando e bate uma nostalgia. Estar na Pirâmide e ter a equipe toda reunida, torcendo por você, é muito legal. Quem eu enfrentaria? O Buchecha, lógico! Ele ia me bater muito hoje em dia, mas com certeza gostaria de enfrentar ele numa disputa de kimono, por ser o cara do momento.

Um detalhe interessante é que hoje o Buchecha está entre os melhores, e você está em ascensão no UFC. Será este um sinal de que no MMA o caminho para o sucesso é mais espinhoso do que no Jiu-Jitsu?

Não acho que seja mais espinhoso. Eu já era faixa-preta de Jiu-Jitsu mas cheguei ao MMA como iniciante. Até mesmo no UFC, eu entrei com três lutas no cartel apenas, por conta do reality show do “TUF”, então sinto que amadureci dentro da organização, entre os melhores. Desafiei o Derek Brunson e ele aceitou. Vamos esperar o Ultimate marcar esta luta porque eu quero chegar logo nas cabeças.

O Buchecha disse, recentemente, que não está mais com planos tão imediatos de migrar para o MMA. Você acha que ele está certo em adiar a transição ou deveria apertar o passo para ter melhor aproveitamento de luvinhas?

Acho que a mudança tem de ser natural, o atleta deve ter vontade de mudar. Se ele está bem no Jiu-Jitsu e quer esperar mais um pouco, é porque não está com essa vontade tão forte. Ele precisa ter certeza total para migrar. Se ainda não tem, o melhor é esperar. Mas quando quiser, que ele saiba que tem um amigo aqui para auxiliar nos treinos e ajudar ele a ter tanto sucesso no MMA quanto tem no Jiu-Jitsu.

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