Logo em sua primeira competição internacional, Karen conseguiu subir ao pódio. A faixa-azul disputou a categoria médio, até 69kg, e ganhou duas lutas, até perder na semifinal para a americana Rebecca Pheasant-Reis. Com o resultado, a empresária ficou com o bronze, e destrinchou as lições aprendidas.
“De início eu achei pretensioso disputar uma competição desse nível com apenas cinco meses de faixa-azul. Eu só havia lutado antes o Brasileiro de Equipes, no Rio. Mas um aspecto que me deixou feliz foi a minha evolução em controlar o nervosismo. Sabia que esse seria o meu principal adversário. Sempre fiquei muito nervosa e isso me atrapalhava demais e lá, consegui controlar e me soltar muito mais na luta”, diz Karen Ferro, que além de atleta, é sócia da franquia Cachambi, da rede de academias Team Nogueira, dos irmãos Minotauro e Minotouro, nossa GMI no Rio de Janeiro.
Karen constatou a emoção de ver seu braço erguido nos tapetes azuis da IBJJF, um sentimento que alguém já classificou como “melhor do que ganhar na loteria”.
“Realmente, quando ganhei a primeira luta, não sabia se ria ou se chorava de emoção. Acho que só quem compete sabe como é bom ganhar a primeira luta após todo o treinamento. No Jiu-Jitsu, você perde e já era. Então, você passar da primeira luta mostra que a viagem já valeu a pena. Quando ganhei a segunda, a vontade de chorar aumentou. Confesso que tive de me controlar: eu estava na semifinal de um Mundial Master! Na semifinal, eu estava ganhando por pontos, mas no finzinho ela atacou meu pé, eu precisei escapar na afobação e terminei finalizada em outro golpe”, recorda.
“Aprendi que o Jiu-Jitsu é assim. Como nos negócios e nada vida, os resultados mudam em fração de segundos. Vi o quanto é difícil estar no pódio e a quantidade de gente que não consegue nem subir nele”, conclui ela, que é noiva do faixa-preta Alberto Ramos, que se sagrou este ano campeão mundial master 1, no peso pesado.
“Foi uma conquista dupla para nós. Eu comecei a treinar inspirada por ele, tentando experimentar o que ele vivia, e quando vi estava inscrita num campeonato. Este ano melhorei a preparação física, fiz fisioterapia preventiva e comecei a controlar a alimentação. Ano que vem vou lá querendo o ouro”, garante.
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