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WPJJC: Bráulio Estima detalha triângulo decisivo e as 2 lutas com Keenan

Braulio Estima ajusta o triângulo em Tarcísio, na final da categoria. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Braulio Estima ajusta o triângulo em Tarcísio, na final da categoria. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Campeão até 94kg do WPJJC 2014, Bráulio Estima teve um fim de semana rico em aprendizados em Abu Dhabi.

Primeiro, na quinta-feira, finalizou a fera Tarcísio Jardim (Checkmat) com um justo triângulo na final.

Já no sábado, caiu dentro do absoluto, onde foi parado por Keenan Cornelius, jovem talento que vencera no peso. O professor da GB Birmingham contou a GRACIEMAG o que aprendeu nos Emirados. Confira:

GRACIEMAG: O que fez diferença na sua campanha no WPJJC em Abu Dhabi?

BRÁULIO ESTIMA: A experiência. Impus meu ritmo e consegui tirar proveito das oportunidades na hora certa. Estava com 85kg e havia machucado as costas duas semanas antes, então tive de fazer um jogo mais controlado nas primeiras lutas para chegar bem à final do peso, onde soltei mais o jogo. Minha chave foi bem difícil, comecei com o Lucas Leite de cara. Devido a essas condições físicas, estava um pouco nervoso para lutar, mas fui ganhando confiança no decorrer das lutas. Seis minutos é bem diferente, e os árbitros não estavam indo bem.

Qual foi o truque para finalizar o Tarcísio Jardim na final?

Triângulo é o meu golpe favorito. Tenho muita confiança, e variadas armadilhas nele. O Tarcísio é um cara muito forte e explosivo, então quis sair na frente no placar. Marquei dois pontos da raspagem, e logo depois fiquei por baixo segurando a faixa com paciência. Assim fui capaz de controlar a postura dele e aplicar minha armadilha. O segredo é paciência e precisão na hora certa para finalizar no triângulo.

Como foram as duas batalhas com o Keenan Cornelius na sua visão?

Sempre soube que lutar com o Keenan seria difícil. Ele é um cara bem estratégico, joga bem nas regras. E está ali para vencer a qualquer custo, o que envolve bastante consistência em competições, coisa que não tenho tido. Na primeira luta, tive a felicidade de impor meu jogo e cair por cima, deixando-o um passo atrás. Já no absoluto, tudo aconteceu bem rápido: ganhei os pontos da raspagem mas ele se ajeitou por baixo e fiquei preso na guarda da lapela dele. Quando Keenan encaixou a raspagem pensei que viria para cima, mas não, ele quis ficar jogando de guarda sentada como fazia com os irmãos Miyao. Ali eu meio que caí no jogo dele, que me raspou no fim e me venceu por uma vantagem. Mas acredito que qualquer árbitro me daria a vantagem do ataque de joelho no final e eu sairia com a vitória.

Algo mais chamou atenção no Keenan?

Acho que me faltou um pouco mais de malandragem de campeonato com esse tipo de jogo que ele faz. Ele foi fazendo as pegadas e fui aceitando. Quando Keenan me balançou, eu deveria ter ficado por cima para evitar a vantagem, pois agora sei que ele não sobe. Se ele me derrubasse na hora eu teria chance de retrucar.

Bráulio, você disse que se aposentou do MMA. Confere?

Pois é, me aposentei invicto com uma luta no cartel [risos]. Decidi ter uma boa qualidade de vida. Dentre outros, o fator principal foi que no Jiu-Jitsu posso treinar a todo vapor e não recebo pancadas na cabeça e no pescoço. E as contusões são bem mais controláveis.

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