Um dos grandes nomes no ADCC 2011, nosso GMA Rubens Charles Maciel retornou da Inglaterra para a sua academia em Hollywood, Califórnia, com a medalha de prata. Não era a cor ou o metal desejado, mas a vida segue e as aulas também.
Depois de ganhar dos alunos um prêmio especial, o popular Cobrinha analisou o ADCC 2011 e o que aprendeu com o charmoso torneio realizado de dois em dois anos, e com a final contra o campeão Rafa Mendes.
Como foi o retorno à academia?
O retorno à minha academia não poderia ter sido melhor. Ganhei um bolo e um jantar com os meus alunos e minha família. São especialmente os alunos e a família que estão me dando essa força para que eu continue competindo. E vou te falar mais, estou me sentindo melhor fisicamente agora do que aos 20 anos de idade.
Então teremos Rubens Cobrinha brigando pelo pentacampeonato no Mundial de Jiu-Jitsu 2012?
Sim, se depender de mim, vocês podem esperar um Cobrinha muito mais bem preparado para as próximas competições. Ainda mais porque meus alunos já estarão bem melhores tecnicamente até lá, e vão poder me ajudar ainda mais nos meus treinamentos.
Qual seu balanço do ADCC 2011, nos dias 24 e 25 de setembro?
O ADCC foi ótimo! Claro que tem algumas coisas que podem ser melhoradas. Como, por exemplo, a arbitragem. Muitas das vezes eles ainda se confundem na pontuação. Não quero ficar aqui chorando o leite derramado, como diz a minha mãe! (Risos) Mas, por exemplo, a IBJJF está promovendo uma revisão nas regras para o ano que vem. Estou torcendo muito para que as mudanças sejam para melhorar, e as lutas passem a ser mais dinâmicas, com mais finalizações, mais agradáveis de assistir e não um festival de posturas defensivas que amarram o jogo e tornam as lutas tediosas. Acredito que profissionalizar o corpo de arbitragem evitaria partidarismos ou mesmo bairrismos, na minha opinião esta seria uma grande contribuição da Federação. E assim quem sabe, outros torneios poderiam seguir a mesma tendência.
Como analisa sua campanha nos tapetes do ADCC?
Acho que fiz uma campanha excelente, com mais de 95% de aproveitamento. E como diz o xeque Tahnoon, a prata é fundamental para a economia mundial, é uma liga de valor imprescindível! (Risos). Não tenho do que me queixar. Mesmo porque acho que lutei muito bem, ataquei a maior parte do tempo e recebi uma punição que ninguém conseguiu me explicar até agora (puxada para a guarda na final contra Mendes). Mas o principal é que reencontrei a minha vontade de lutar e competir – nem que seja para continuar mostrando que o Jiu-Jitsu tem de evoluir sempre, em vez de ficar preso a posições meramente defensivas como é o caso da [guarda] 50/50.
Já digeriu o ponto negativo da final?
Como eu disse antes, acho que lutei muito bem e não merecia a punição aplicada, por isso mesmo não se trata de “digerir” o resultado. Estou em ótima forma física e mental, e estava pronto para mais 40 minutos de over time. Mas como disse o ADCC foi importante para reabrir meu apetite por competições, portanto… que venha o próximo.
O que de principal você aprendeu ao ver algumas lutas? Boas lições na luta do Renzo vs Zé Mario, por exemplo?
Eu fiquei impressionado com a superluta do Bráulio (contra o Jacaré), pois ele mostrou o quanto ele vem estudando o Jiu-Jitsu. Foi muito bom poder vê-lo lutando de novo, pois aprendi muito com essa luta. Agora, ver o Renzo e o Zé Mario foi ótimo para o nosso esporte, pois é sempre bom resgatar as pessoas que fizeram muito para o desenvolvimento do nosso Jiu-Jitsu. E falar do Renzo, para mim, ultimamente está sendo uma honra. Cada vez que vou para Abu Dhabi com ele ganho várias aulas particulares (Risos). Venho aprendendo muito com ele, não apenas em relação a técnicas de Jiu-Jitsu mas também em termos de experiência de vida. Além do mais ele estava em excelente forma física, acho que é por causa da dieta das Superfoods que ele vem adotando!
Gostaria de deixar mais alguma lição, ou palavra final?
Quero agradecer todas as pessoas que participaram da minha preparação para o ADCC. Meus alunos, minha família, meus amigos, ao Marcelo Garcia, Michel Maia, Pedro Lott, Renzo, Fabio Gurgel, meu patrocinador Keiko e especialmente, ao xeque Tahnoon por me proporcionar o camp dos sonhos antes do torneio.
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