Aniversariante neste dia 17 de janeiro, ao completar 62 anos de vida e muito Jiu-Jitsu, o mestre Carlos Gracie Jr. já nos trouxe grandes aprendizados ao longo destas tantas décadas como professor.
Para celebrar a feliz data, nós de GRACIEMAG relembramos de uma de suas preleções históricas na Gracie Barra, no qual Carlinhos fala sobre dois tipos distintos de atletas de Jiu-Jitsu.
Confira nas linhas abaixo a aula do mestre Carlos Gracie Jr.:
“Tem pessoas que tem muito conhecimento de Jiu-Jitsu e às vezes tem pouco instinto de luta. Nesses casos o conhecimento sobrepuja o instinto. E tem o outro lado, o camarada que tem pouco conhecimento e tem muito instinto. Apenas o instinto já o salva, pois permite que ele se safe das situações de risco, não seja finalizado à toa e lute bem.”
“Já vi muitas vezes o cara saber sair da posição com o instinto, mas na hora de explicar a posição não sabe, pois não tem a consciência do que faz. Se ele um dia quiser ser professor não vai saber explicar a posição. Na academia eu tinha muitos graduados, faixas-pretas, que eu chamava para passar a posição. Eles pediam na hora: ‘Não, por favor, não me coloca para ensinar não.’ Eles ficavam apavorados.”
“O joguinho de um atleta bem treinado muitas vezes só funciona quando está cheio de gás. Na hora que bate o prego, que ele está com meio palmo de língua para fora da boca ou quando ficar mais velhinho, o Jiu-Jitsu dele cai muito”, disse o Gracie. “A técnica, o conhecimento e a consciência deixam a gente tranquilo quando se está numa posição ruim. Porque é uma posição que exige o gasto de muita energia. E você tem de sair bonitinho, na hora precisa que o cara cometer um erro.”
“Eu sempre fui muito fã do básico. Depois que você tiver um bom Jiu-Jitsu básico, o resto se desenvolve sozinho. Você cria, inventa. O resto é fácil. O difícil é o A, E, I, O, U.”