Em tempos de lutadores falastrões no UFC e atletas que passam dos limites do próprio corpo na busca pela vitória, o professor Cleiber Maia, nosso GMI no Rio de Janeiro, escreveu o seguinte artigo buscando promover uma reflexão. Confira e comente o que achou.
Você prefere ser considerado um verdadeiro esportista ou um grande competidor?
Antes de ler este artigo, responda para si mesmo essa pergunta inicial e depois responda em público a pergunta no fim do texto.
Eu admiro quem se permite aventurar em seus limites sem perder a conexão com a sua própria essência. Ter responsabilidade enquanto está comprometido com um processo de evolução virtuoso é uma condição fundamental para se considerar um verdadeiro esportista.
Entretanto, as mesmas paixões que nos impulsionam a obter grandes vitórias, e que são comuns à natureza humana, podem comprometer nossa noção de fair-play, de jogo justo.
Reavalie a forma como costuma lidar com a competitividade se você de alguma forma é tomado por:
* Obsessão pelo sucesso
* Medo do fracasso
* Sede de vingança
* Acomodação na manutenção de um status já conquistado
* Ambição pelo poder
* Incapacidade de lidar com o julgamento alheio ou até mesmo com o próprio
* Desconsideração ao mérito alheio
* Desejo de ostentar uma situação privilegiada
* Negação em vivenciar de peito aberto situações inusitadas
* Falta da noção do que é suficiente para você
* Omissão no compartilhamento do seu conhecimento
* Vergonha ao lidar com suas imperfeições
* Desespero na hipótese de perda do controle.
E aí vai a pergunta final do texto:
Você lembra de mais alguma atitude passível de alguém que pode até vir a ser um campeão nos tatames, mas não na vida?
Lembre-se: ser um artista marcial é muito mais do que ter habilidades técnicas e passar a guarda dos adversários com competência. Oss!