Realizada com capacidade máxima de atletinhas no último dia 18 de fevereiro, a nona edição do Pan Kids da IBJJF nos inspirou a ir buscar mais exemplos para você, leitor, que é pai e pensa em matricular seus pequenos no maravilhoso mundo do Jiu-Jitsu.
No torneio sediado na Walter Pyramid de Long Beach, a Atos Jiu-Jitsu de valorosos pequenos lutadores como Tye Ruotolo, levou o troféu por equipes, superando com seus 275 pontos a Gracie Barra (269) e a Alliance (265), numa reta final eletrizante na disputa de times. A seguir, vieram os times da Checkmat (172 pontos), Gracie Humaitá (113), Soul Fighters (110), Carlson Gracie Team (97), MMA Masters (81), Unity Jiu-Jitsu (78) e, em décimo, Yamasaki Academy (66). Foi o sexto troféu conquistado pela Atos em nove eventos.
Mestre de Jiu-Jitsu e referência no ensino para crianças há 20 anos, o faixa-coral Leão Teixeira reforçou para o GRACIEMAG por que a arte suave continua ganhando fama e popularidade entre pais e pequenos.
“O papel formador do Jiu-Jitsu para as crianças é de um poder enorme”, diz o mestre, que foi aluno do saudoso Rolls Gracie. “Os pequenos aprendem a tratar os mais velhos, a administrar momentos ruins, a superar derrotas e apertos e a respeitarem diferenças. Não importa se o coleguinha é baixinho ou magrelo, rico ou pobre, o pequeno praticante percebe que quem se esforçar e realizar as técnicas com habilidade será capaz de sair vitorioso”.
“Antes de tudo, nós professores de Jiu-Jitsu somos educadores para estes pequenos praticantes. Meu objetivo desde que fundei minha escola sempre foi o de ver meus alunos crescerem como adultos responsáveis, homens e mulheres que respeitem os outros, respeitem as regras e saibam viver em sociedade de um modo digno”, ensina José Henrique, antes de detalhar como são as aulas infantis nos dojôs da escola:
“Vale ressaltar que muitos professores ainda ensinam crianças no estilo ‘recreação’, mas acredito que os alunos devem aprender as técnicas desde cedo, que trabalham a autoconfiança da garotada”, reforça Leão Teixeira. “Nas minhas escolas ensinamos em torno de 15 movimentos de Jiu-Jitsu e defesa pessoal. Sempre na brincadeira, claro, mas tudo com objetivos. No fim, todos fazem o movimento de luta. O segredo portanto é inserir algo útil na brincadeira.”
“Carlos Gracie dizia que não existe aluno ruim, existe o professor ruim. Cabe a nós encontrarmos a melhor maneira de ensinar cada indivíduo. A maior honra para mim, como professor de Jiu-Jitsu, é ver um aluno que entrou pequeno na academia virar um faixa-preta de respeito e um lutador melhor do que eu, com as técnicas que eu ensinei a ele”, encerra o faixa-coral.
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