A equipe Atos dominou o Pan de Jiu-Jitsu em três categorias, com André Galvão no pesadíssimo e no absoluto, e Gustavo Campos e Keenan Cornelius no meio-pesado. As três medalhas de ouro, e a medalha de prata de Keenan ajudaram a equipe a vencer o troféu de equipes do Pan pela primeira vez.
Mas antes de fechar, Guto teve de suar o kimono em disputas eletrizantes na categoria. Na semifinal, por exemplo, Guto se embolou com a fera Renato Cardoso e venceu nas vantagens, depois de uma tenaz troca de raspagens.
Em conversa com GRACIEMAG, o astro gaúcho falou da campanha no torneio, analisou a questão dos fechamentos e explicou por que tem lutado mais por cima. Confira:
GRACIEMAG: Mesmo trintão, você chegou passou pela garotada e fechou com Keenan Cornelius, um astro da nova geração. Qual foi o aspecto mais forte do seu Jiu-Jitsu nesse Pan?
GUTO CAMPOS: Acho que o meu diferencial foi o treinamento bem dirigido, trabalhado em todas as situações de luta para não ser pego de surpresa em nenhuma delas. Além disso, fui com muita vontade de ser campeão e a cabeça boa, para por em prática tudo o que foi treinado. No meu ponto de vista tive uma atuação satisfatória, sempre podemos fazer melhor. Consegui lutar com calma e tranquilidade em todas as lutas, e o objetivo foi alcançado. Percebi que a idade é apenas um número e que a experiência conta muito. Quero agradecer a todos da equipe Atos e Guetho por todo o apoio e confiança que sempre depositam em mim e a minha namorada Renata.
Na semifinal meio-pesado, você travou uma batalha dura com Renato Cardoso (Checkmat). Como foi?
A estratégia era evitar a guarda 50/50 enquanto eu não estivesse à frente no placar. Afinal, ali o Renato tem um jogo muito forte e estratégico. Foi uma luta bem disputada. ele é um atleta perigoso e dono de bons botes no pé e no joelho, mas eu estava atento e preparado para evitar esses ataques. No fim, venci nas vantagens.
Como foi a decisão de fechar com o Keenan Cornelius?
No Pan de 2013, fechei com o André e fiquei com a prata. Já este ano foi a minha vez de ficar com o ouro. Na minha opinião isso se chama trabalho em equipe. Isso já é uma tradição no Jiu-Jitsu. Se o atleta é da mesma equipe mas não treina junto sempre, pode até lutar. Porém, não é o nosso caso. O pessoal é contra o fechamento fala em ADCC, mas lá os atletas recebem uma ótima bolsa como premiação. Se pagassem uma boa bolsa como premiação, acredito que a galera se motivaria a fazer essas finais que todos gostariam de ver.
Notamos que você jogou mais por cima no Pan..
Todo mundo sabe que a minha guarda é o carro-chefe, mas realmente tenho me sentido muito bem por cima. É importante você se sentir bem em qualquer situação de luta, para não ser surpreendido. O negócio é estar pronto para lutar por cima ou por baixo.