Se o bullying escolar é uma doença, o cinema pode ser a cura. Foi com essa ideia na cabeça e a câmera na mão que o diretor Lee Hirsch filmou “Bully”, em cartaz nos Estados Unidos. O filme é devastador, um soco no estômago de quem via o problema apenas como um rito inevitável de amadurecimento das crianças. Entre cenas de pancadas e relatos de suicídios, o filme comove e prova de uma vez por todas que o bullying, ao menos nos EUA, tornou-se um grave problema social e de saúde pública. Tudo já foi tentado. Que tal o Jiu-Jitsu?
Em artigo recente na revista “Carta Capital”, o psiquiatra Gustavo Teixeira, professor da Universidade de Bridgewater, em Massachusetts, assim define o bullying escolar: “Ele se dá quando há uma relação de poder desigual entre dois indivíduos e pela frequência com que a criança ou o adolescente sofre atos de violência física ou moral”.
Para atacar o problema, contudo, as soluções pesquisadas são tão utópicas quanto confusas, como “conscientizar” pais inexperientes, grupos de valentões que existem desde sempre, professores e diretores de colégios muitas vezes perdidos. Por enquanto, pouco se fala em espalhar um remédio individual e direto: proteger a vítima com o ensino de artes marciais como o Jiu-Jitsu.
Desde os tempos de grande mestre Carlos Gracie, muitas academias de Jiu-Jitsu brasileiro entendem que a solução do problema passa por injetar confiança e técnicas de autodefesa na criança, que nasce desamparada por natureza. Hoje, o papel da escola de Jiu-Jitsu vai além, pois une meninos e meninas de diferentes séries, pais, educadores e faixas-pretas experientes no mesmo ambiente. Ao regar a semente do respeito mútuo e da autoconfiança, o Jiu-Jitsu faz brotar amizades e o bullying não encontra espaço para florescer.
Foi o que a rede de escolas Gracie Barra percebeu. A partir de junho, a GB pretende espalhar essa ideia por todo o território americano. A meta é ousada e admirável: atacar o mal em cada escola, em cada cidadezinha, para ganhar o país.
“Quem conhece o Jiu-Jitsu sabe que a criança não precisa ser forte para ser capaz de se defender. Conseguimos unir professores de todos os cantos dos EUA que já estudam o Jiu-Jitsu para crianças há muitos anos. Juntos, eles criaram exercícios específicos de defesa pessoal e formataram o curso ‘No-Bullying’ para nossas escolas. Se conseguirmos que todas as GBs pelo mundo abracem essa importante causa, podemos fazer a diferença”, comentou Flavio Almeida, o Cachorrinho, diretor executivo da Gracie Barra.
A campanha e o ensino das técnicas já começaram. Se você perdeu os primeiros seminários via internet, entre em contato com sua escola ou no email: support@graciebarra.com.
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