Fabricio “Morango” Camões (14v, 8d) encerrou o ano de 2013 com um revés no UFC 168, no dia 28 de dezembro, contra Jim Miller (23v, 4d). O faixa-preta foi aprisionado no braço e acabou finalizado no armlock no primeiro assalto.
O aluno de Royler Gracie, no entanto, garante que aprendeu com a derrota e vai dar a volta por cima em 2014. Em bate-papo com GRACIEMAG, Morango comentou os erros na derrota para Jim Miller, revelou o que aprendeu ao batucar e analisou como fica a sua situação no UFC. Confira!
GRACIEMAG: O que deu errado no UFC 168, Morango?
FABRICIO MORANGO: Eu sem sombra de dúvida estava muito confiante e bem treinado para o UFC 168, e me sentia no controle da luta até que o Jim Miller fez aquela transição da guarda para o armlock. Até ali aquilo não me preocupou, pois conheço a posição. Meu erro, no entanto, foi ter tentado arrancar o braço de dentro da guarda, em vez de amassá-lo e segurar a posição. Porém, mesmo isso é relativo, porque ele também poderia ter girado e ter me deixado em uma posição bem ruim. Aí, quando tentei tirar o meu cotovelo dali, o braço ficou preso na coquilha, o que deu mais alavanca para o movimento. Ficou mesmo impossível de eu defender.
Que lição você aprendeu com a derrota?
Acho que, pelo fato de ser um esporte de alto nível, onde estão realmente os melhores lutadores do mundo, qualquer pequeno erro custa caro. O UFC é o melhor evento do mundo, e você vai lutar com os melhores. A lição que aprendi é: “Nunca perca sua essência como lutador, procure evoluir em todos os aspectos”. Tudo é importante quando se luta valendo tudo. Só posso agradecer a todos que me apoiam e acreditam no meu trabalho. Vou evoluir e aprender com os erros. É como grande mestre Helio Gracie costumava dizer: “Ou você ganha ou você aprende”. Ali é assim, você ganha ou aprende. Essa foi a minha vez de aprender a lição.
Como fica a sua situação no Ultimate agora?
Ainda não sei para onde esse resultado vai me levar, mas de uma coisa tenho certeza: eu garanto que vou treinar mais ainda, e não vou deixar a vitória escapar em minha próxima luta. Quero voltar a lutar o quanto antes!
Você treinou a parte em pé com o Rafa Cordeiro, na academia Kings MMA. Como foi essa troca de experiências na Califórnia?
Sempre procuro evoluir e melhorar em todos os aspectos. Eu já havia sentido essa melhora na parte em pé durante minha luta contra Melvin Guilard, que é um excelente striker, e acabou não me oferecendo nenhum perigo. Para essa luta com Miller eu sabia que estaria melhor do que ele na trocação. O treinamento com mestre Rafael Cordeiro na Kings MMA foi fundamental nessa evolução. Além dele, pude contar com parceiros de treino muito bons de trocação, como os também faixas-pretas Rafael dos Anjos e o Benny Dariush, que por sinal luta hoje no UFC.
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