Minotouro elogia quedas e “confiança” de Roger Gracie em treinos pré-Strikeforce

Roger visitou o CT dos Nogueiras, no Rio, em sua preparação para enfrentar Anthony Smith no Strikeforce. Foto: Marcelo Dunlop

Fim de dezembro de 2012, e a academia dos irmãos Nogueira, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, vive um dia normal.

Rodrigo Minotauro está mais uma vez fora do país, foi abrir um centro de treinamentos na Flórida. O meio-pesado Rafael “Feijão” Custódio já chegou, e aguarda Rogério Minotouro para implicar com o atraso do amigo. No vestiário da academia, ouve-se o diálogo corriqueiro:

– Mermão, tô com o braço todo assado do treino.

– Sei como é. Sabe o que eu faço? Eu me depilo todo.

A rotina é quebrada apenas pela presença de um lutador peso médio do Strikeforce e tricampeão mundial absoluto de Jiu-Jitsu, Roger Gracie, que chega e começa a calçar as luvas.

É dia de treino de boxe, em sessão comandada pelo professor Edivaldo Badola, e Roger já sabe com quem vai trocar porrada: Mahamad Aly, um jovem impetuoso de olhar assustador.

Mahamad, cujo nome foi dado pela mãe, tem 18 anos, não lutou profissionalmente ainda. Depois do treino, revela-se um cara simpático e brincalhão. Durante… ele parece querer comer Roger na porrada.

O treino dividido em rounds de cinco minutos começa, e Minotouro e Feijão também soltam a mão um no outro. Quando o Nogueira vacila, Feijão parte para clinchar e derrubar, como se fosse Rashad Evans, oponente de Rogério no dia 2 de fevereiro, no UFC 156. O calor ajuda a empapar a lona de suor.

Grandalhão, Roger anda sempre para a frente, de forma estudada, e consegue bons golpes com a luva grande. No intervalo, sentados, Mahamad desfaz a carranca e elogia: “Todos esses que você tentou pegaram, vai fundo”.

Agora o treinador Badola quer ver Rogério contra Roger, para alegria do repórter.

Após Feijão comentar que gostaria de enfrentar Ryan Bader em sua estreia no UFC, Minotouro e Roger se posicionam, um de frente para o outro. O treino começa em pé. O Gracie não fica muito tempo a mercê dos golpes do medalhista pan-americano de boxe, e agarra Minotouro logo.

Rogério Minotouro, astro do UFC 156, e Rafael Feijão, relaxam após o treino de boxe e quedas. Foto: Marcelo Dunlop

Quando caem no chão, Rogério fica rapidamente de quatro, e Roger busca os ganchos. No intervalo, o campeão mundial de Jiu-Jitsu passa um macete valioso para Minotouro levantar sem se expor, ao cair de quatro.

Após o treino, o Gracie toma banho e dá entrevistas para dois veículos, um jornalão carioca e um site especializado em MMA.

Rogério também papeia, com o GRACIEMAG.com, e elogia o ímpeto do Gracie nos seguidos treinos que fez no Rio.

“O pessoal costuma elogiar o potencial do Roger pela altura, a envergadura, mas acho que ele me impressionou mais pela confiança e pelo jogo simples dele”, analisou Minotouro.

“Você vê, ele não usa posições complexas, mas investe com tudo no que ele faz bem, e consegue aplicá-las com sucesso. Acredito que no Jiu-Jitsu de kimono ele também lute assim, né? Vi um treino dele aqui com o Arthur Gogó em que ele foi justo demais, no chão não perdoou o pescoço do pessoal. Outro ponto forte dele que pude sentir é a parte de quedas e seu wrestling: a pegada dele é muito forte… Quando ele me grampeava ali, tem muito jeito não, derrubava mesmo”, concluiu Minotouro.

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Strikeforce: Marquardt vs Saffiedine
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Josh Barnett vs Nandor Guelmino

Gegard Mousasi vs Mike Kyle

Ronaldo Jacaré vs Ed Herman

Card Preliminar (apenas no Showtime Extreme)

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Preliminar (sem TV)

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