Michael Langhi, o leitor já ficou sabendo aqui no GRACIEMAG.com, está de mudança para a Flórida, onde vai comandar a nova academia. Num bate-papo, o faixa-preta comenta o que espera da vida como professor, como seguirão os treinos, o fato de ter perdido após três anos invicto e promete: “Não estou me aposentando”.
Confira:
Por que a mudança para os EUA?
Aqui no Brasil sabemos que o futuro muitas vezes é esse. Não temos o valor que gostaríamos e temos que dar aulas lá fora, onde somos mais valorizados. Então, já vinha com essa ideia na cabeça, vinha amadurecendo isso com o (Rubens) Cobrinha e resolvi aceitar essa boa proposta. Vou ensinar o que eu sei para os alunos.
Como ficam as competições nesta nova rotina?
Não vou deixar de lutar. Li alguns comentários sobre isso no GRACIEMAG.com. Há um momento na vida do atleta que ele tem que mudar um pouco o caminho. Agora quero trabalhar em cima da minha academia, mas vou continuar lutando eventos como o Pan e Mundial. Infelizmente, não vou participar de alguns outros, como o Europeu, mas o que eu lutar vai ser para ganhar. Não estou me aposentando, não é nada disso. Estou apenas pensando no meu futuro e ainda vou bater de frente com a galera.
Mas como vai ser possível manter a qualidade dos treinos, já pensou nisso?
Vou estar a apenas uma hora de avião de Atlanta, onde tem muitos treinos duros, vou estar a duas horas de Nova York, do Lucas Lepre. Já deixei combinado, também, que antes do Pan e Mundial venho ao Brasil para finalizar o treinamento. Claro que não vou ter o treino que tenho aqui, mas não quer dizer que isso seja determinante. O Cobrinha saiu do Brasil com um título mundial e ganhou mais três morando fora. O Marcelinho Garcia saiu daqui com dois títulos e ganhou mais três lá fora. Sei o que tenho que fazer e vou contar sempre com a visita de amigos como o meu irmão (Michel Langhi), do Bruno Malfacine, do Gabriel Gulart… A cada dois meses vem alguém ficar comigo.
Luta mais algum campeonato neste ano, participa do ADCC?
O ADCC tem o Marcelinho na minha categoria e eles não convidam atletas da mesma categoria e academia. O Marcelinho, para mim, é o melhor atleta do mundo sem kimono e sei que a academia vai estar bem representada. Viajo na última semana de setembro e no final de outubro tem o Miami Open, que vou lutar para incentivar a galera da academia. Vamos ver se luto o Mundial Sem Kimono, mas o Miami Open eu luto.
O que esperado desafio de ser professor?
Tudo o que eu faço, tento ser da melhor forma possível. É o que eu amo fazer. Tenho quatro anos de preta, lutando tudo, e fiquei três anos sem perder. No Jiu-Jitsu atual, acho que isso foi um grande feito. Como professor vai ser da mesma forma, quero o meu melhor. Este ano, sei, não tive um desempenho tão bom, mas, mesmo assim, tive bons resultados. Ganhei Pan e Europeu, derrotei o Durinho na seletiva para o World Pro, fui pódio no Brasileiro e Mundial, este tendo perdido para o Kron Gracie numa luta que acho que merecia ter vencido. Vou continuar dando o máximo.
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