Grande mestre Mitsuyo Maeda (1878-1941) aprendeu Jiu-Jitsu no Japão, ganhou o apelido de Conde Koma na Espanha, venceu centenas de lutas em Cuba e disseminou seus conhecimentos no Brasil, para alunos promissores como o pequeno Carlos Gracie.
Para gerar frutos até hoje, e em todos os cantos do planeta, é preciso que o mestre tenha raízes firmes e um tronco forte.
Em homenagem aos 70 anos da morte de Conde Koma, o GRACIEMAG.com lista as principais lições que o samurai japonês nos deixou. Reflita, aprenda e por que não, divirta-se.
1. Início no sumô
Nascido na pequena Aomori, o pequeno Maeda era conhecido como “Menino Sumô”, graças ao seu fascínio pela modalidade ensinada por seu pai. Anos depois, foi estudar em Tóquio, conheceu o Jiu-Jitsu, treinou com Jigoro Kano e se apaixonou pela arte suave, que passaria a Carlos Gracie no Brasil.
Lição: Expanda seus horizontes. Você só vai saber que técnicas ou que modalidades servem para você se abrir a mente e conhecer coisas novas.
2. 15 oponentes entre ele e a faixa-preta de Jiu-Jitsu
Segundo consta, Mitsuyo Maeda recebeu sua faixa-preta aos 20 anos, no dia 25 de dezembro de 1898, na respeitada escola Kodokan. Para ser graduado, Maeda precisou vencer 15 oponentes no mesmo dia, no que recebeu sua nova faixa com louvor.
Lição: Glória sem sacrifício não existe. Quanto maior o esforço, maior a compensação.
3. Missão na Califórnia
Em 1904, a pedido do grande mestre Jigoro Kano, Maeda foi para San Francisco, nos EUA, disseminar a boa técnica de luta japonesa. A arte não era uma total novidade no país, no entanto. O presidente Theodore Roosevelt mesmo já havia treinado com um mestre de Jiu-Jitsu japonês, chamado Yamashita.
Lição: Confie na missão dada por seu mestre, seja qual for, e onde for. Ela será mais importante do que parece, a princípio.
4. Hábitos saudáveis fora da academia
Em Belém do Pará, onde decidiu se estabelecer enfim, Conde Koma influenciou Carlos Gracie em muitos outros aspectos além dos treinos na academia. Hábitos alimentares saudáveis, bom-humor, paciência e outras qualidades do mestre japonês foram imitadas pelo pupilo Carlos.
Lição: Um mestre não ensina somente Jiu-Jitsu. Passe para os seus alunos só coisas boas fora dos tatames.
5. A academia Conde Koma no Brasil
Koma nunca mais retornou ao Japão para valer e faleceu no Brasil. Não se sabe se Jigoro Kano, mais interessado na propagação do judô, ficou orgulhoso das centenas e centenas de vitórias do pupilo por finalização. Seja como for, Koma seguiu seus próprios ideais e o Jiu-Jitsu está vivo e ativo graças à sua ousadia.
Lição final: Se você refletir e perceber que é hora de se separar de seu mestre, ao menos não abra uma academia na vizinhança!
E para você, amigo leitor, qual a principal lição que a história de vida de Conde Koma deixou como legado? Alguma passagem marcante da carreira do japonês que você lembre? Divida com a gente abaixo.
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