Texto: Rafael Luciano de Mello*
A propagação da Covid-19 ao redor do mundo trouxe inúmeras mudanças no cotidiano, desde um simples aperto de mão, agora incomum e pouco recomendável, até mudanças político-econômicas complexas. Hábitos de higiene pessoal, como lavagem frequente das mãos, uso de álcool gel e evitar tocar o rosto sem a devida higienização, foram as primeiras medidas adotadas e possivelmente perdurarão até o término da crise sanitária, ou quem sabe, farão parte da rotina no futuro. Além disso, a adoção do distanciamento social e a utilização de máscaras pela população, soam como um mantra nos noticiários.
Com a adoção do distanciamento social/físico a prática de atividade física foi reduzida, afinal, ambientes ao ar livre, quadras esportivas e academias, se tornaram temporariamente indisponíveis, embora seja recomendado continuar se exercitando dentro de casa, inclusive para fortalecer o sistema imunológico e reduzir o risco de contágio.
Ao passar dos meses, as medidas são revistas e os países vão retomando progressivamente as suas atividades e, mesmo com certa flexibilização, os especialistas advertem que deveremos nos acostumar com um “novo normal”, ou seja, ainda manteremos hábitos adotados durante a pandemia mesmo que haja a retomada dos serviços.
Desse modo, por mais que os espaços próprios para a prática de exercícios físicos reabram, será necessário o uso das máscaras como medida de proteção.
Sabendo disso, começamos a nos questionar:
* A realização de exercícios físicos aumenta a nossa demanda de oxigênio e consequentemente respiramos mais vezes, certo?
* O uso da máscara pode prejudicar a respiração?
* Será que faço exercício com máscara ou sem?
* Ainda, o exercício físico aumenta o calor corporal, e consequentemente a taxa de suor. Mas se aumenta o suor, não deixará a máscara molhada e perderá a sua eficiência na proteção contra o vírus?
Ainda é precoce afirmar algo a respeito, o que se sabe é que devemos seguir as diretrizes regionais, e utilizar a máscara se essa for a determinação governamental, embora isso possa prejudicar em algum nível a performance física.
Como sabemos que as nossas rotinas não serão as mesmas, ao menos de curto a médio prazo, e como a vida deverá continuar com o “novo normal”, é essencial que achemos uma solução para nos mantermos ativos fisicamente, sem colocar a própria saúde e a dos demais em risco.
Uma possibilidade é a utilização das máscaras desenvolvidas exclusivamente para o exercício físico, que já começaram a ser distribuídas e saberemos mais sobre a sua eficiência e conforto, em breve.
A companhia de artigos esportivos Under Armour lançou recentemente a primeira máscara específica para o exercício físico, apontada pela empresa como mais adaptável ao rosto e ao encaixe nas orelhas, desenvolvida com um tecido especial que favorece a ventilação, e uma camada intermediária projetada para absorver o suor sem que transpasse para a camada mais externa, com a promessa de uma máscara mais amigável e que desempenhe o seu principal papel, o de proteger contra o vírus.
Por enquanto, devemos continuar nos exercitando em casa, sempre que possível e caso esteja liberada a prática nos demais ambientes, seguir as recomendações e determinações das autoridades locais.
*Rafael Luciano de Mello é professor dos cursos de
Licenciatura e de Bacharelado em Educação Física do
Centro Universitário Internacional Uninter.
(Fonte: Assessoria de imprensa)
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