Hexacampeão mundial de Jiu-Jitsu, Xande Ribeiro é um dos grandes nomes que estão inscritos no Mundial de Masters, que rola no mês de agosto em Las Vegas, Nevada.
Aos 35 anos, Xande ainda compete entre os adultos, mas encara o Mundial de Masters como um desafio a parte. “Muita gente vê o Master como fim de carreira, mas eu vejo como mais um desafio. Afinal, entre os 30 e 40 anos é que atingimos o ápice do vigor físico”, explica o faixa-preta de Royler Gracie.
Em entrevista exclusiva à GRACIEMAG, ele fala sobre a expectativa para competir no torneio, revela o segredo para se manter competindo em alto nível e afirma que está preparado para encarar “qualquer um, a qualquer hora e em qualquer peso”. Confira o bate-papo completo abaixo!
GRACIEMAG: Qual a sua expectativa para este Mundial de Masters? O que te motivou a participar deste campeonato?
Xande Ribeiro: A expectativa está incrível! Eu lutei o primeiro ano na pirâmide e foi muito legal. Muita gente vê o Master como fim de carreira, mas eu vejo como mais um desafio. Afinal, entre os 30 e 40 anos é que atingimos o ápice do vigor físico. Além disso, será uma oportunidade de lutar junto com uma grande parte do meu time.
O Mundial de Masters é um evento que chama a atenção pelo clima de confraternização. Com que espírito você entra neste campeonato? O foco é conquistar o título ou você quer apenas se divertir com amigos do presente e do passado nos tatames?
É uma confraternização, mas todo mundo estará lá para vencer. E, a cada ano que passa, a categoria fica mais difícil. Como todo campeonato, seja mundial adulto, luta casada ou o que for, você tem que se divertir, mas com muito foco e vontade.
Você está com 35 anos e ano passado foi campeão mundial. Qual o segredo para se manter tanto tempo competindo em alto nível?
Acredito muito na eficiência do meu Jiu-Jitsu. Claro que, competindo desde os 10 anos de idade, chega uma hora que pesa. Mas me sinto muito bem, tenho um acompanhamento de fisioterapia, me cerco sempre das pessoas certas e estou sempre treinando. Treino é treino, eu tento coisas diferentes, me puxo, faço força, mas sempre com muito cuidado, porque o que conta mesmo é quando o juiz fala: combate. Estou preparado para encarar qualquer um, a qualquer hora e em qualquer peso.
Ainda está nos seus planos lutar entre os adultos ou agora seu foco será apenas superlutas e eventos de Master?
Eu luto o que for interessante e que valorize o atleta. Competi o Pan-Americano e o World Pro porque voltava de contusão, mas o Mundial já estava fora dos planos. Tive a oportunidade de lutar o GP da IBJJF também. O Mundial de Masters, como eu disse, é uma oportunidade única para a minha equipe e, por isso, não fico de fora. Se me valorizarem e o adversário fizer sentido, estarei sempre preparado para enfrentar o desafio.
Você certamente segue um mantra para conseguir acordar todos os dias motivado a treinar, dar aulas e competir. Qual o conselho você daria para quem quer seguir uma carreira de sucesso como a sua?
Eu me motivo pela vontade de estar vivo, estar junto com minha família, estar positivo e inspirar as pessoas. Isso me motiva todos os dias. Minha filha, meu irmão, meus alunos, estar vivo, saudável e fazendo Jiu-Jitsu já é o suficiente pra mim. E é essencial se cercar de pessoas que estão com você pelo que você é e que tem mesmo objetivo.