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Gilbert Durinho destrincha vitória em cima de Leandro Lo no Jiu-Jitsu: “Todos temos um lado B”

Gilbert Durinho tenta passar a guarda de Leandro Lo. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Gilbert Durinho tenta passar a guarda de Leandro Lo. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Gilbert “Durinho” Burns foi um dos faixas-pretas mais badalados no Mundial Sem Kimono 2013, encerrado no último fim de semana, em Long Beach, Califórnia. O treinador de chão de Vitor Belfort venceu a categoria médio passando pelas pedreiras Leandro Lo (Cícero Costha) e Vitor Oliveira (GFTeam), este na final, após um bonito suplê. Prova de que os treinos de wresling e MMA estão surtindo ótimo efeito.

Mal pegou sua medalha de ouro, Gilbert embarcou para Goiânia, para a luta de Vitor com Dan Henderson, neste sábado no UFC.

Em papo com GRACIEMAG, Durinho analisou o triunfo na Califa, contou como aliou giro e pressão contra Leandro Lo, entre outras lições de Jiu-Jitsu. Confira e aprenda com o campeão:

GRACIEMAG: Qual foi o aspecto mais forte nessa sua volta ao Jiu-Jitsu no Mundial Sem Kimono da IBJJF?

GILBERT DURINHO: Primeiro eu estou amarradão com minha atuação, amo o que faço e treino porque gosto, então fui lá me divertir. Não mudou muito, acredito. Sinto que evoluiu, mas na essência não mudou muita coisa. Foi um pouco de tudo: malandragem, agressividade, wrestling e a velocidade de sempre. Continuo treinando muito sem kimono e principalmente wrestling. No MMA, temos de ser mais agressivos e não podemos perder posição. Se você levar uma raspagem ou uma queda no MMA, o prejuízo não é apenas de dois pontos, pode custar muito mais que isso!

Você e Lo entraram em rota de colisão na semifinal do peso médio. Foi duro evitar as raspagens dele?

Vim focado para ganhar e toda vez em que luto é para ganhar. Eu sabia que iria encontrar o Leandro, e confio muito no meu jogo, principalmente sem kimono. Ele é um cara muito duro, mas entrei confiante, imprimi um ritmo forte de movimentação com pressão e acabei matando o jogo dele. Sempre treinei com bons guardeiros na Atos, como Bruno Frazatto, Guto Campos, Rafael Mendes e outros. Eu entendo que todos nós temos um lado B, um lado mais fraco, e foi nisso que insisti. Só passava para o lado “ruim” dele, e não parei com a pressão e a movimentação. O principal, ainda, foi lutar com inteligência, anulando as pegadas e incomodando o tempo todo.

E na final contra Vitor Oliveira, da GFTeam, houve aquela bonita queda. Qual foi o detalhe para derrubar?

Eu já conhecia o Vitor, um cara em excelente fase, mas sabia que meu wrestling iria fazer a diferença e fez. Tentei finalizar, mas ele defendeu bem a guilhotina. Daí insisti na queda e na pressão aliada à movimentação. O detalhe da queda é confundir o cara, ir para uma posição já de olho na variação. Subi no single-leg já de olho nas costas, sabe? E aí não perdi a oportunidade. Acho que meu gás e minha velocidade fizeram a diferença nesse título?

Que lição você aprendeu após conquistar este seu bicampeonato sem kimono?

Que o treino tem de ser duro, só que mais importante que o treino é a autoconfiança e a vontade de ganhar. Você precisa definir o quanto você quer ganhar, se você quer pagar o preço. Ali na hora é um jogo mais mental do que físico, é superação e determinação. Aprendi que não importa o quão forte fisicamente você é, e sim sua mente. Determinação é o segredo.

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