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Demian Maia: “Depois da bossa nova, o Jiu-Jitsu é nossa maior cultura de exportação”

Demian monta em Magny durante a "aula" no UFC Rio. Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto.

Demian monta em Magny durante a “aula” no UFC Rio. Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto.

Após a aula de Jiu-Jitsu ministrada no sábado 1º de agosto por Demian Maia, no UFC 190 no Rio de Janeiro, o lutador não parou de receber elogios.

“Demian mostrou tanta classe naquele dois rounds contra Neil Magny que deveria ter lutado de smoking”, comentou o também lutador Herbert Burns, do One FC.

Para Demian (21v, 6d), o resultado deve render mais do que o reconhecimento dos fãs e colegas. Antes de encerrar a luta no segundo assalto – contra um lutador que não perdia havia sete lutas – o paulista bom de chão não obtinha a finalização no Octagon do UFC desde 2012, quando também lavou a alma da torcida carioca, no UFC 153, contra Rick Story. O golpe foi similar: o estrangulamento pelas costas. O faixa-preta meio-médio espera agora subir no ranking e voltar a lutar pelo cinturão, hoje de posse do mão-pesada Robbie Lawler.

Após a luta na HSBC Arena, Demian exaltou o Jiu-Jitsu em sua entrevista coletiva:

“Finalizar novamente foi um alívio. Não só porque sou brasileiro, mas porque quando luto estou representando a nação do Jiu-Jitsu. Mesmo quando luto lá fora no exterior, sinto o apoio da galera que treina Jiu-Jitsu, não só de brasileiros, ou americanos, ou europeus. É um esporte que gera muita paixão. Uma vez ouvi um camarada dizer que, depois da bossa nova, o Jiu-Jitsu é uma de nossas maiores culturas de exportação, uma das mais importantes, de maior repercussão lá fora. Isso gera uma pressão a mais, e por isso fico feliz quando represento bem e dá tudo certo”, declarou Demian. “Acho que essa arena no Rio me traz sorte”, completou.

O lutador comentou ainda como fez para Magny lhe oferecer as costas, no segundo assalto.

“No Jiu-Jitsu, quando eu monto sei que o cara vai tentar sair e me oferecer as costas ou um braço, pois está 7 a 0, ele tomou a passagem, a montada. No MMA é outra história, ele pode ficar com as costas no chão e aguardar o fim do round. Por isso precisava usar mais os meus cotovelos para fazer o oponente se desesperar e me oferecer a finalização”, explicou.

Confira parte de sua entrevista em vídeo:

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