Campeão meio-pesado no Rio Open após quatro vitórias, o faixa-preta Diogo “Moreno” Araújo voltou do Tijuca, no último fim de semana, com uma série de aprendizados. O faixa-preta da Soul Fighters tirou lições da derrota no absoluto, reviu os acertos e deu alguns pontos de vista interessantes sobre Jiu-Jitsu.
Aprenda com ele nesta sexta-feira, e bons treinos.
GRACIEMAG: O que você aprendeu com mais essa medalha de ouro?
DIOGO MORENO: Consegui estar sempre um passo à frente dos adversários, exceto na luta que perdi no absoluto, contra o Pablo Aragão. Meu professor Augusto Tanquinho sempre pede que a gente esteja um passo à frente do oponente. Se você sai na frente e puxa o ritmo, o adversário é obrigado a se expor e você passa a tirar proveito dessas brechas. No meio-pesado, minhas quatro lutas foram duras, mas destaco a semifinal com o Alberto Ramos, da GFTeam. Ele tem uma base boa e a luta foi definida só no minuto final.
Na final do meio-pesado, você bateu o amazonense Victor Neves, da academia Osvaldo Alves. Como analisa a luta?
Victor Neves é mais um bom atleta de Manaus e fez um campeonato incrível, ele foi aparecendo bem durante o torneio em lutas sensacionais com o Vitor Bomfim (GFTeam) e o André Bastos (Nova União), que na minha opinião eram dois dos favoritos. Na nossa luta, comecei raspando, depois obriguei-o a ficar de quatro apoios e acabei dando um bote nas costas. Ele defendeu bem e caí por baixo, então raspei, passei a guarda e coloquei o joelho na barriga. Ele é um atleta de alto nível que merece ser olhado de perto.
Qual sua dica para sair da estagnação e desenvolver um jogo sólido no Jiu-Jitsu?
No meu caso, procuro me exigir muito nos treinos. Minha dica seria fazer cada treino como se fosse o último da vida. A mente também deve ser trabalhada. A falta de confiança sempre foi um problema para mim. Então comecei a trabalhar isso e fortalecer minha mente a cada torneio. Na medida em que os resultados foram aparecendo, consegui ganhar mais confiança para as lutas.
Você foi vice-campeão no Mundial de Jiu-Jitsu de 2012, e só parou no Rominho Barral. O que aprendeu naquele ano?
Foi um privilégio lutar com uma lenda do Jiu-Jitsu, ainda mais numa final de Mundial. Quando eu era faixa-roxa, o Romulo já era campeão mundial faixa-preta. O aprendizado que tive naquela luta foi incalculável, percebi que com muita dedicação, foco e sacrifícios eu poderia fazer parte desse seleto grupo de campeões mundiais de Jiu-Jitsu. Ainda estou buscando o meu espaço. Sei que a estrada é longa, mas tenho fé na jornada.