Ivaniel Oliveira (Checkmat) conquistou seu segundo título no Brasileiro de Jiu-Jitsu da CBJJ, no último domingo, em Barueri, São Paulo. O peso-galo de Manaus fez três lutas para ser campeão. Na final da categoria, Ivaniel e o colega de equipe João Pedro “Somália” ignoraram o fechamento e travaram um excelente duelo, com vitória do manauara após diversas trocas de posição. Em papo com GRACIEMAG, Ivaniel analisou a final contra Somália, explicou por que não fechou a categoria, analisou seus pontos fortes no campeonato e confirmou presença no Mundial, no fim de maio.
GRACIEMAG: O que pesou nesse seu segundo título brasileiro de Jiu-Jitsu na faixa-preta?
IVANIEL OLIVEIRA: Mudei meus treinos e minha alimentação, fiz uma dieta bem balanceada para chegar bem no peso. Meus treinos foram muito bons, treinei com muito cara bom de guarda. Sabia que se eu caísse por cima, iria me dar bem. Fiz treinos específicos com Carlos Holanda, meu irmão e pupilo Lukas Matheus, com Paulo Serrão e Matheus Uchoa, fora outros alunos, todos foram importantes. Só tenho a agradecer primeiro a Deus, aos meus alunos e meu preparador físico Carmelo Forrero, que me deixou um aço para esse Brasileiro da CBJJ.
De fato, você foi bem ali ao passar a guarda do João Pedro na final. Como você fez?
Nossa, foi uma guerra. O João é muito bom. Fiz uma posição que faço desde molequinho e deu certo – abraço a perna e domino a lapela por fora, aí vou cansando o adversário até conseguir a passagem. Quando você está na frente do placar, ainda mais por cima, você sabe que não pode ser raspado. Para evitar as raspagens do meu oponente, fortaleci a pegada e não deixei com que o quadril e as pernas dele ficassem soltos.
E você e o João Pedro são da mesma equipe, mas optaram por não fechar. Como foi tomada essa decisão?
O meu relacionamento com o João Pedro é muito bom, mas nós precisamos da vitória, tanto ele como eu. Então decidimos lutar. Mas nossa amizade continua a mesma e não mudou em nada. Que Deus o abençoe. Acho que a falta de incentivo financeiro tem feito os fechamentos acontecerem.
O que aprendeu com esse título?
Sei que tenho de treinar cada vez mais e preciso ir além dos meus limites. Espero que a minha vitória em Barueri tenha sido um aquecimento para o Mundial de Jiu-Jitsu, na Califórnia [risos].