O Jiu-Jitsu é para todos. Seguindo esta filosofia da arte suave, Allan Di Lucia resolveu dar aulas de Jiu-Jitsu para atletas com necessidades especiais no Rio de Janeiro. O faixa-marrom da Soul Fighters abriu um projeto com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais, a Apae. As aulas começaram na segunda-feira, 24 de março, na sede da Apae, na Tijuca.
Em conversa com GRACIEMAG, o atleta de 23 anos explicou como surgiu a ideia do projeto.
“A ideia veio depois de uma luta que fiz com um atleta especial, no ano passado. Sempre achei que eu tinha mais coisas para fazer do que só colecionar medalhas. Minha missão é maior que isso. Depois que um lutador se torna campeão, a grande diferença é o que ele vai fazer com aquele título, e com o que aprendeu. Tenho dez alunos com síndrome de Down e um autista. A ideia é expandir mais”, disse Allan. “Estou atrás de patrocínios privados para bancar o projeto. Criei cotas diferentes de patrocínio para poder abraçar empresas de todos os tamanhos”.
Irmão de Augusto Tanquinho e um dos cabeças da escola Soul Fighters, Bruno “Tanque” Mendes comentou a importância do projeto para a equipe.
“Allan tem todo o meu apoio e o da Soul Fighters também. Para nós, o Jiu-Jitsu é muito mais do que competições e medalhas. Jiu-Jitsu é um agregador social e formador de cidadãos. Se, através da arte, pudermos levar mais qualidade de vida e melhora na coordenação motora e psíquica dessas crianças, vale qualquer esforço”, conta o faixa-preta.