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Panza e a vitória contra Bernardo Faria no Pan de Jiu-Jitsu: “Usei o grifo-lock”

Luiz Panza ataca o braço de Bê Faria na final do Pan. Foto:GRACIEMAG

Luiz Panza ataca o braço de Bê Faria na final do Pan. Foto:GRACIEMAG

Luiz Panza começou o ano em grande estilo, com uma medalha dourada de respeito da IBJJF, no Pan de Jiu-Jitsu, realizado de 12 a 16 de março. Em Irvine, na Califórnia, o aluno de Marcos Barbosa dominou seus oponentes com seu forte jogo de pernas na guarda 50/50 e com ataques ágeis no pé.

Na final da categoria superpesado, Panza finalizou o bicampeão mundial Bernardo Faria (Alliance), com um armlock justíssimo. O que o atleta da Barbosa aprendeu? GRACIEMAG foi descobrir.

GRACIEMAG: O que você fez de diferente para vencer o Pan de Jiu-Jitsu 2014?

LUIZ PANZA: Mano, fiz cinco lutas entre o peso superpesado e o absoluto. Todas as lutas foram pedreiras, não teve nenhuma tranquila. As primeiras lutas venci por pontos. Já contra Tarcísio Jardim (Checkmat), por exemplo, ganhei só por uma punição dele. Busco sempre estar com a minha parte física em dia e estou com uma vontade absurda de vencer os torneios de Jiu-Jitsu. E ainda tive um combustível maior: fiquei chateado de ter perdido no absoluto, no sábado, e acordei no domingo com ainda mais apetite para vencer o peso. No fim das contas, joguei por cima em algumas lutas e acho que surpreendi alguns adversários. Tento ter um jogo versátil. Algumas lutas caíram na guarda 50/50 e tentei desenrolar, mas meus adversários também mataram meu jogo e aí ficou aquela chatice.

Você vinha bem no absoluto, fez luta dura com o Keenan Cornelius mas perdeu. O que faltou?

Eu na verdade achei que não tinha tomado os dois pontos no início, mas não reclamo de arbitragem. Corri atrás da luta o tempo todo. Ele é um cara fora de série, com uma flexibilidade fora do comum. A luta foi aquela guerra e terminou em 8 a 6 nos pontos para o Keenan.

E na final do superpesado, veio a luta contra o Bê Faria, um cara que havia vencido você no Mundial em 2013, certo? Como foi desta vez?

Procurei atacar por todos os lados, impondo o ritmo para deixá-lo preocupado o tempo todo. Primeiro tive de ceder a raspagem, mas caí fazendo guarda bem e utilizei uma guarda aberta bem ofensiva: tentei o triângulo, a omoplata e o armlock. Foi quando dei um bote no joelho e no pé, e voltei na omoplata. Quando eu deixo o cara girar, prendo o gancho na axila e fecho o triângulo por cima de tudo. A pressão fica toda no braço. Foi dali que fui capaz de finalizar no “grifo-lock”, um armlock que aprendi com meu parceiro de treino Adriano Silva. Grifo é o apelido do Adriano, ele me finaliza direto com este golpe. O macete desse armlock é o ajuste do adutor e do quadril, detalhes de extrema importância para finalizar.

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