André Galvão conquistou seu terceiro título no WPJJC em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes. O professor da Atos San Diego fez dez lutas, entre a categoria até 88kg e o absoluto, e venceu nove.
Após garantir o ouro na categoria com uma raspagem surpresa em Rominho Barral (GB), André Galvão foi superado por uma fortaleza da GFTeam no absoluto. Rodolfo Vieira foi quem parou André com uma de suas finalizações favoritas, o estrangulamento ezequiel. Pela disputa de terceiro lugar no aberto, o professor lutou com o aluno Keenan Cornelius, e venceu via decisão dos juízes.
Galvão falou sobre os bons e o mau resultado em Abu Dhabi, comentou a luta contra o aluno Keenan, contou sobre a guarda que surpreendeu Barral e analisou a derrota para Rodolfo.
GRACIEMAG: O que aprendeu ao ficar com o ouro na categoria e o bronze no absoluto?
ANDRÉ GALVÃO: Acho que a minha experiência está contando muito. Estou de faixa-preta desde 2005, sempre lutando e competindo. E essa molecada está demais. Tive desta vez ótimas chances de lutar com atletas com quem eu nunca havia lutado. E tive a experiência de participar de uma chave feita por sorteio, o que fez com que eu lutasse só com pedreira desde o início, tanto no peso como no absoluto. Achei que isso afetaria meu desempenho, mas acabei as lutas inteiro, graças a Deus. Fiz dez lutas no total, quatro na categoria e seis no absoluto, contando com a disputa de terceiro. Venci nove. Foi bom, mas poderia ter sido melhor. Vi que tenho muito a melhorar até o Mundial da IBJJF ainda. Aprendi muito com cada luta, principalmente com minha derrota para o Rodolfo. Isso vai me ajudar muito até o Mundial! Meu próximo objetivo é vencer o Mundial na categoria e se Deus quiser no absoluto também.
Como você fez para raspar o Rominho Barral, e depois não sofrer ponto jogando por cima?
Entrei puxando o Rominho para a meia-guarda, uma posição que não uso muito. Acho que ele não esperava isso e consegui a raspagem na hora certa. Subi, e como conheço muito bem o jogo dele, quando subi segurei a faixa dele com a mão esquerda: isso impedia o Barral de esticar a perna no meu bíceps. Usei isso também contra o Lo na final do Pan absoluto. Dali eu tentava chegar à minha passagem de guarda, botando peso sem dar muito espaço. Acho o Barral um casca-grossa. Respeito muito ele, somos amigos, mas ali dentro o couro come. Ele é rápido, forte, flexível e experiente também. Com certeza é um dos meus maiores adversários dentro da competição hoje.
Na segunda parte do WPJJC, no absoluto, você parou na semifinal. Como foi a luta com Rodolfo Vieira na sua visão?
O Rodolfo estava muito bem. Desde o momento em que me derrubou, senti bastante a pressão dele por cima. Rodolfo está de parabéns, muito forte e com uma ótima movimentação. Eu acho que poderia ter feito mil coisas, mas na hora não deu para fazer nada [risos]. Agora é rever a luta e analisar melhor o que poderá ser feito. Luta é momento, não dá para definir o que eu faria melhor, mas certamente buscarei o controle de guarda para evitar a movimentação dele por cima. Aí então terei mais tempo para pensar e fazer meu jogo.
Pela disputa do bronze absoluto, você lutou contra seu aluno Keenan Cornelius. Como foi mais esta experiência?
Foi legal, fizemos um acordo entre a gente e chegamos a uma conclusão. O evento também disse que teríamos de lutar, senão não seriamos premiados e tudo mais. Foi a primeira vez que luto com um aluno. Na verdade, foi um treino forte que demos ali. A gente está no mesmo tatame todos os dias se matando. A luta foi zero a zero, foi para a decisão e os juízes deram para mim.
Que momento chamou mais a sua atenção em Abu Dhabi?
Os atletas foram todos muito bem tratados do início ao fim. Os faixas-pretas tiveram um destaque no tratamento. O evento está indo para outro nível, impressionante.
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