A temporada da fera Romulo Barral vinha sendo sensacional. Em outubro passado, ele brilhou no cinema finalizando o ator Kevin James no divertido “Professor peso pesado” (“Here comes the Boom”), e se manteve embalado no Jiu-Jitsu de pano.
Em janeiro, o exímio guardeiro e notável passador venceu o Europeu, mas no Pan e em Abu Dhabi a derrota e o fantasma das lesões frearam a boa campanha. Recuperado, Romulo Barral mantém o desejo de conquistar o quarto título mundial na carreira como faixa-preta. Ele é uma das feras garantidas no Mundial de Jiu-Jitsu, que começa no dia 30 de maio e vai até 2 de junho, em Long Beach, na Califórnia.
Atual campeão mundial meio-pesado, o professor radicado na Califórnia conversou com GRACIEMAG sobre seus treinos para o Mundial, falou das lições que aprendeu no Pan e mais. Confira.
GRACIEMAG: Como foi a recuperação da lesão que você sofreu em Abu Dhabi, na final com o André Galvão?
ROMULO BARRAL: A recuperação foi melhor do que eu esperava. Consegui me recuperar a tempo de treinar e me preparar para o Mundial em Long Beach. No tempo em que fiquei parado só pensava em retornar a tempo para lutar o torneio mais importante do ano.
Como estão os treinos no caldeirão da Gracie Barra?
A GB HQ fica em Irvine, longe da minha academia. Então não deu para treinar lá. Também tenho um time grande e estou fazendo um camp na minha academia. Estou treinando e comandando o camp na minha academia GB Northrigde com a galera toda. Não mudei nada depois do meu último título mundial, em 2012, procuro sempre evoluir depois das competições e corrigir os erros para voltar mais forte. Estou mais experiente e focado para mais um Mundial.
Há alguma técnica ou posição que você esteja treinando exaustivamente a dias do Mundial 2013?
Para uma competição como o Mundial, é preciso treinar e estar preparado em todos os aspectos. Estou preparado para jogar por baixo e por cima. Onde cair vai ter jogo. Estou me sentindo bem e confiante. Vou entrar concentrado para brigar muito por esse título. Quero conquistar meu quarto ouro na faixa-preta.
A derrota no Pan para Guto Campos ensinou alguma lição?
A gente sempre aprende com os erros. Já lutei com ele algumas vezes e na última ele foi melhor e saiu com a vitória. Mérito do Guto, que é um grande atleta. Na próxima luta com ele, vou tentar impor mais meu jogo e não cometer erros. Uma luta com ele vai ser sempre dura, mas com certeza vou procurar sair vitorioso dessa vez. Chego para este Mundial com a cabeça muito boa, estou muito animado, preparado e confiante para essa competição. Acredito que estou com mais vontade do que nunca.
A experiência é palavra chave este ano?
Sim, acho que a experiência vai ser meu aspecto mais forte em Long Beach. Nos Mundiais que lutei, cheguei pelo menos até a final desde que comecei na faixa-preta. Já participei de quase dez finais de Mundial (Foram oito na faixa-preta, segundo as contas de GRACIEMAG). Espero chegar em mais uma e sair com o ouro.
Que avaliação você faz da categoria meio-pesado?
A categoria é sempre dura e com grandes atletas. Vou focar luta por luta como se fosse a final. Não dá para pensar somente em alguns nomes, vejo todos os atletas da categoria com chance e querendo o que eu quero. Mas vou com tudo.
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