A expansão do Jiu-Jitsu no mundo é inegável, basta ver a quantidade de academias que surgiram nessa década em todos os continentes e países, da China à Austrália, da Amazônia à África do Sul. É, contudo, na luxuosa Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, onde o processo se consolidou de forma mais impressionante, e acelerada. Coqueluche dos xeques árabes desde 2009, o Jiu-Jitsu com kimono e tudo que tem direito tornou-se um projeto governamental sólido, onde o objetivo é levar a arte para todas as escolas do país, bem como pelotões e unidades do exército.
O faixa-preta Renzo Gracie, o professor do xeque Tahnoon, uma das personalidades mais influentes do país e membro da família real, esteve lá mês passado, mais uma vez, e gostou do que viu:
“O desejo do meu avô, Carlos Gracie, era introduzir o Jiu-Jitsu no sistema de ensino no Brasil, mas isso não se concretizou. A surpresa foi que esse sonho foi alcançado nos Emirados Árabes Unidos – o Jiu-Jitsu aqui é gerido de acordo com uma estratégia científica, visando à expansão da base de praticantes, e complementado por organização de competições e torneios para aqueles jovens que amadureceram e tornaram-se heróis para os Emirados Árabes Unidos em tempo recorde”, elogia Renzo.
“A arte então segue seu caminho. Se o que tínhamos planejado para se candidatar a ocorrer há mais de 40 anos no Brasil não se concretizou, o efeito inesperado foi que o Jiu-Jitsu pegou no exterior de forma contundente, após sua aplicação em Abu Dhabi. Eu sou um amante desse sistema de luta e autodefesa e sinceramente não me importo onde o Jiu-Jitsu evolui, onde ele recebe a atenção que julgamos que ele merece. O que sinto é uma extrema felicidade de ver que os Emirados Árabes Unidos estão apoiando o Jiu-Jitsu e contribuindo para sua evolução a nível global. Meu avô certamente está feliz também”, conclui o faixa-preta radicado em Nova York.
Enquanto isso, no Brasil…
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