Aluno de Jair Lourenço, a ferinha Horlando Monteiro (Kimura/Nova União), 18 anos, foi o melhor faixa-azul do Europeu de Jiu-Jitsu 2013, em Lisboa.
Vice-campeão no peso leve, Horlando caiu dentro no aberto e se superou. Mas o que leva um faixa-azul a dominar tantos outros concorrentes?
“Acho que meu grande diferencial para vencer o aberto foi minha guarda, e minhas pernas compridas (risos)! Esse jogo de guarda-aranha e guarda De la Riva acaba oferecendo certa dificuldade para os caras mais pesados”, analisa o jovem lutador.
Pernas compridas, ok. Mas e a mente? Como o campeão novato trabalhou a cabeça?
“Olha, provavelmente se eu tivesse ganhado a categoria não ia nem querer lutar o absoluto. Engraçado isso, mas a derrota me deu a motivação e a força para eu enfrentar os gigantes no absoluto”, reflete.
Para conquistar a glória, o atleta de Natal precisou ainda mostrar equilíbrio contra o bom judoca Khasan Betelgeriev (Alliance), na final.
“No começo da luta, ele que é faixa-marrom de judô, me deu um chute que quase levou minha perna para casa. Mas defendi bem e depois chamei para a guarda e apliquei o triângulo. Eu estava na guarda fechada e fiz uma posição que treino muito. Eu seguro nas duas mangas do adversário, empurro uma para trás e a outra eu puxo para a minha orelha escalando a guarda. Geralmente cai em um triângulo e deu certo”, analisa.
Como aprendemos com Horlando, portanto, os ingredientes para o ouro absoluto na azul são:
1. Guarda boa
2. Motivação externa
3. Equilíbrio em pé
4. Uma posição de confiança (triângulo, no caso)
Mais alguma lição, Horlando? “Acredite em você o tempo todo. Só vence no Jiu-Jitsu quem nunca desiste!”. Aprendeu?
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