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Lições fundamentais encontradas em 76 páginas

De Carlos e Helio Gracie (foto) a Fernando Tererê, o Jiu-Jitsu ensina lições valiosas.

GRACIEMAG busca informar o factual. No entanto, nossa missão vai além.

Perceba que o Jiu-Jitsu proporciona ao praticante não apenas uma arte marcial, uma defesa pessoal. Autoconhecimento, confiança, saúde, preparo físico, poder de ação, humildade… São diversas as lições que podemos aprender dentro do dojô e carregarmos para o cotidiano. Quem treina sabe disso.

Por ser um veículo do Jiu-Jitsu, GRACIEMAG busca transmitir o mesmo, seja em seu site ou na revista vendia por todo o mundo.

Seguem abaixo algumas lições da GRACIEMAG #179. E não deixe de comprar as próximas edições. Assine aqui.

1 – Já dizia Carlos Gracie, o primeiro da família a ensinar Jiu-Jitsu: “A defesa do homem começa pela boca”. Procure adicionar à sua dieta frutas da época, legumes e verduras. Evite a acidez no organismo. “A pessoa bem alimentada é mais confiante, feliz e tranquila. Um organismo assim tem mais condições de expelir qualquer doença”, comenta Marco Gracie Imperial, 54 anos, neto de Carlos e um dos maiores especialistas quando o assunto é Dieta Gracie.

2 – Abrir o coração e perceber que a tentação pelo conforto pode ser o grande inimigo dos nossos sonhos é primordial.

3 – Respeito: jamais segure uma finalização depois dos três tapinhas. Se estiver na dúvida se o parceiro bateu, solte na hora – melhor a preocupação do que o mal-estar. Esta é uma das dez dicas do campeão mundial Felipe Costa aos faixas-brancas.

4 – Em outra dica, Felipe diz: “Seja finalizado. Na verdade, isso ninguém quer, mas não tenha medo de se arriscar. Se você bater, tudo bem, que sirva de lição.” Um ensinamento que, bem interpretado, serve para toda a vida. Não tenha medo de evoluir e, se errar, aprenda com isso para não repetir.

Malhação e Jiu-Jitsu com Vitor Belfort

5 – O próprio peso do corpo e cargas extras de elementos naturais proporcionam ótimos exercícios. Um dos preferidos de Vitor Belfort ao lado do nosso colunista Álvaro Romano são os abdominais na piscina. Vitor coloca os pés para fora da borda, seguros pelas mãos do treinador. Faz 30 abdominais rapidamente. Com a resistência da água, é uma ótima opção para ganhar preparo sem forçar as articulações.

6 – Quer competir? Então seja um lutador completo. Puxar para a guarda é uma peculiaridade do Jiu-Jitsu e não deve ser desprezado. Mas, muitas vezes, esconde a preguiça do atleta em sair da zona de conforto. Por isso trouxemos um dossiê completo sobre a arte de derrubar. Vale lembrar, grandes campeões como Roger Gracie e Rodolfo Vieira se destacam no chão, mas executam boas quedas que, muitas vezes, se tornam armas imprescindíveis para a estratégia e tática em uma competição. Busque evoluir em vários sentidos em todas as áreas da vida, não se sinta satisfeito com o que já sabe e é bom.

7 – O Jiu-Jitsu exige a capacidade de se movimentar em todas as direções e ângulos. Por isso, exercícios que treinem tais movimentações são vitais. Nosso colunista Martin Rooney mostra como turbinar as pernas corretamente e fortalecer as suas bases. Quanto maior as raízes da árvore, mas difícil será de o vento derrubá-la.

8 – Não subestime. Mesmo com os menos graduados podemos aprender lições importantes. Enfim, não despreze, mesmo que seja alguém mais fraco, de um cargo inferior no trabalho, de outra classe social, de outra religião, mais jovem… Sempre podemos aprender. O faixa-marrom de ontem pode ser o grande faixa-preta de amanhã, como percebeu o editor de fotografia Gustavo Aragão ao registrar a luta entre Roger Gracie e Fabrício Werdum, no Pan 2002, enquanto a grande maioria ignorava um dos melhores combates da edição.

9 – Motivação. “A missão do professor de Jiu-Jitsu é desenvolver a capacidade de motivar o aluno a realizar os próprios sonhos. Para isso, o professor deve utilizar todas as ferramentas que o Jiu-Jitsu oferece”, palavras do faixa-coral Carlos Gracie Jr. Disse tudo ou não?

10 – “Só o Jiu-Jitsu salva.” A frase, que ganhou força através de Carlson Gracie, é repetida por diversos praticantes. Duvida? Fernando Tererê é a prova disso. Depois de todas as conquistas com o kimono, em que se tornou um dos maiores competidores em todos os tempos, Tererê passou por problemas psicológicos e se viciou em drogas. Chegou a ser preso e internado, tendo ficado praticamente seis anos fora dos dojôs. Depois do furacão que passou pela sua vida, o campeão da favela do Cantagalo, no Rio de Janeiro, voltou a treinar com o antigo mestre Alexandre Paiva, em 2010. Em 2011, Tererê já estava casado com a inglesa Sasha Hook e viajava por todo o planeta fazendo o que mais gosta: ensinando a arte suave. Se vai ele voltar a competir? “Estou ganhando carcaça!”, brinca.

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