Com o sucesso e expansão do Jiu-Jitsu no mundo inteiro, estão longe os dias em que a arte suave englobava apenas alunos e professores. Claro exemplo desta mudança foi observado por Pedro Pigozzi, líder da marca de roupas Mata Leão, que compartilhou os valores que o guiam em sua missão de empreender para o Jiu-Jitsu e outras vertentes do esporte.
Em papo com GRACIEMAG, Pedro contou sobre o nascimento de sua marca, os diferenciais que lhe oferecem destaque no mercado e os ensinamentos que o Jiu-Jitsu trouxe para seus negócios. Confira nas linhas abaixo!
GRACIEMAG: Como foi o seu início no esporte? Como você conheceu o Jiu-Jitsu?
Quando criança, eu pratiquei diversas artes marciais, desde o karatê até a capoeira. Sempre gostei muito de luta, assistia aos combates do PRIDE e do UFC em fitas cassete, e o Jiu-Jitsu sempre me deixou intrigado. Por conta da má fama que esse esporte tinha na época, eu sempre era desencorajado de treinar pelo meu pai, que achava que era coisa de “maloqueiro”. Aos 25 anos de idade, depois que meu irmão gêmeo fez uma aula e me indicou, eu resolvi dar uma chance ao Jiu-Jitsu e, depois de apanhar muito na primeira aula, me apaixonei pela eficiência da arte suave.
Em que ano você pegou a faixa-preta? Qual a melhor memória deste dia?
Conquistei a preta em meados de 2014. Treinava no período da tarde e neste dia, ao chegar na academia, me deparei com vários faixas-pretas que frequentavam o tatame em horários diferentes. Apesar de ter estranhado, treinei normalmente até que o professor me puxou e me graduou no meio do treino. Lembro que, quando recebi a faixa, tive uma retrospectiva e lembrei de tudo que eu havia passado até aquele ponto, tudo que eu havia vivido desde que iniciei a minha jornada no Jiu-Jitsu.
Como surgiu a Mata Leão?
Em 2008, além de ser um faixa-roxa, eu estava cursando minha pós-graduação em marketing, na Universidade Estadual de Londrina. Já havia usado muitas roupas de marcas vinculadas às artes marciais, mas sempre me descontentei com a qualidade das roupas e o design, que geralmente era limitado ao nome da marca estampada na peça. Nenhuma delas se preocupava em propagar e difundir o Jiu-Jitsu, era sempre voltado para autopromoção. A Mata Leão foi criada para corrigir esta mentalidade, inserindo a estampa da marca em partes discretas da vestimenta enquanto o Jiu-Jitsu recebe o seu merecido protagonismo.
Existe algum significado para o nome “Mata Leão” na sua marca?
O meu primeiro registro seria “Black Belt Fight Company”, porém o Murilo Bustamante tem registro sobre um nome que é muito parecido, então se deu um embargo. Em meio a toda a correria de criar e gerir uma nova empresa, eu acabei demorando alguns anos até saber desse embargo e me desesperei. Já havia criado a minha primeira coleção de roupas e não poderia lançar. Em meio àquela tensão, lembrei de um kimono que eu tive, que era da marca “Dragão Armlock” e pensei “Armlock já tem, mas será que Mata Leão existe?”. Após uma busca, descobri que o nome ainda estava disponível e assim a minha marca foi rebatizada como “Mata Leão”, que na minha opinião, é muito melhor do que “Black Belt Fight Company” (risos).
E quais são os diferenciais que dão destaque à Mata Leão no Jiu-Jitsu?
Além de focar na arte suave em nossas estampas, nós prezamos pela excelência no material para montar nossas roupas. Quando iniciei esta caminhada, pesquisei muito sobre os materiais e equipamentos necessários para criar roupas de qualidade. Hoje, nós usamos o melhor algodão do mercado, que é usado por grandes marcas internacionais, e oferecemos vestimentas que são confortáveis, originais e, principalmente, voltadas para o Jiu-Jitsu.
Qual o melhor ensinamento do Jiu-Jitsu que você leva para a sua rotina empresarial?
Sem dúvidas, a importância de manter a cabeça fria quando estiver sob pressão e que nunca se deve desistir. Esses ensinamentos e muitos outros se refletem nos que me cercam, meus familiares, minha esposa e até mesmo meus filhos. Honra, honestidade, coragem e todos os outros valores que me guiam, dentro e fora dos tatames, eu recebi deles. Através destes valores, eu tenho forças para guiar a minha marca e oferecer o meu melhor ao público da arte suave.
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