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Entrevista exclusiva: Roberto Cyborg detalha vitórias no GP Sem Kimono da IBJJF

Roberto Cyborg com o braço erguido após vencer João Gabriel na finalíssima. Foto: Blanca Marisa Garcia

Aos 38 anos, Roberto Cyborg é um nome incontestável no Jiu-Jitsu mundial. Campeão absoluto do ADCC 2013 e com inúmeros títulos sem kimono na carreira, a fera foi escalada para o GP de Pesados da IBJJF, realizado na última semana, em Las Vegas. Integrando o card como substituto, Cyborg encarou atletas que vivem seus primeiros anos de competição em alto nível, e a experiência do veterano falou mais alto para vencer três duelos e garantir os 40 mil dólares de premiação.

Em papo com nossa reportagem, Cyborg analisou a convocação para o torneio, os duelos contra Victor HUgo, Lucas Hulk e João Gabriel, e a importância da conquista deste título nas atuais circunstâncias, prestes a lutar no ADCC 2019. Confira nas linhas abaixo!

GRACIEMAG: Qual a receita da longevidade nos tatames que tanta gente sonha?
ROBERTO CYBORG: Pois é, estou muito feliz em poder continuar fazendo frente e curtindo este momento maravilhoso que o Jiu Jitsu está vivendo. Acredito que a receita da longevidade é não parar nunca, amar muito o que se faz e acreditar sempre.

Qual luta foi mais complicada de vencer no GP?
As três lutas foram muito difíceis, três jogos completamente diferentes. O Victor Hugo é muito flexível e comprido com as pernas fortes e braços longos. O moleque é esquisito e com certeza vai dar muito trabalho, mas ainda não tem a experiência. A luta com o Hulk com certeza a mais difícil, pois comecei perdendo e tive que correr atrás. Além de muito técnico e forte, ele luta bem fechado. Consegui fazer ele cansar e isso foi decisivo para vencer. A luta com o João foi uma luta de paciência e posicionamento. O João é um monstro, e se começar atrás com ele é difícil de virar. Então fiz uma luta bem segura.

Você prefere entrar pra competir correndo por fora, sem favoritismo?
Não vejo necessidade e também não gosto da pressão de ser favorito. No nível em que competimos, qualquer um pode ganhar ou perder. São muitas as variáveis que formam um campeão no dia. Então só me preocupo em chegar saudável e poder dar o meu melhor. Ser o favorito não te faz ser o campeão, então não ligo para historinha. Me ponham como quiserem, só que quando entrarmos no tatame vão saber quem é o campeão de verdade.

Mesmo sendo o atleta com mais títulos Sem Kimono dentre os convidados não recebi o convite inicialmente e acabei entrando como reposição. Assim a vitória veio com um gostinho melhor. Estou nas cabeças por mais de 14 anos, e pretendo permanecer assim por muito tempo.

Como que o título nesse GP te impulsiona a buscar um novo título no ADCC?
Seria mais um sonho a ser realizado e estou trabalhando muito pra que isso aconteça. O ADCC é um evento muito difícil, mas estou certo de que se eu eu conseguir chegar saudável, tenho a possibilidade de conseguir esta conquista. Mas de qualquer maneira, independente de resultado, me sinto grato e honrado de poder continuar vivendo meu sonho e continuar mantendo vivo em mim o fogo do Jiu Jitsu.

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