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Como você dribla o calorão do verão enquanto treina Jiu-Jitsu?

Fábio Andrade com o filho Paulo Henrique em dia de treino, em Bangu. Foto: Arquivo Pessoal

Fabio Andrade com o filho Paulo Henrique em dia de treino, em Bangu. Foto: Arquivo Pessoal

O fortíssimo calor que atinge quase todo Brasil pode atrapalhar tudo, menos os treinos de Jiu-Jitsu dos praticantes mais apaixonados.

No entanto, para driblar o maçarico e as temperaturas capazes de derreter asfalto, é preciso tomar algumas precauções. Hidratar-se desde a hora em que acorda até bem depois do treino, por exemplo, é uma das medidas principais.

Outro subterfúgio é deixar o kimono perto do ar condicionado, mantendo-o geladinho. Só é preciso evitar que ele se molhe, claro. Uma medida útil, ainda, é ter junto a si algo para limpar o suor que pinga durante o treino, como uma discreta munhequeira ao estilo que tenistas e jogadores de basquete usam para absorver a água eliminada pela testa e outros poros.

Mas será que é possível aliviar o calor de fato, e render mais na academia? O que mais se pode fazer para não sofrer tanto quando o clima é abafado?

Morador do bairro de Bangu, no Rio de Janeiro, onde a temperatura passa muitas vezes dos 40ºC, o faixa-preta Fabio Andrade (Nova União) sabe das dificuldades para lidar com a canícula e manter os treininhos em alto nível.

“Para mim, que trabalho em Bangu, o calor já é algo até normal. Mas há dias que passa dos limites. Nas semanas mais quentes hidratamos mais os nossos atletas. O ventilador fica circulando desde que abrimos”, diz Fabio, em papo com o GRACIEMAG.com. “Nossa tática é aumentar a quantidade de treinos e diminuir o tempo deles. Normalmente, em minha academia, são quatro treinos de duas horas cada. Em dias quentes, aumento para seis treinos de uma hora cada, dependendo do rendimento dos atletas”, explica o professor.

André Negão e a galera da Brazil-021. Foto\: Arquivo Pessoal

André Negão e a galera da Brazil-021. Foto: Arquivo Pessoal

Segundo o professor André Terencio, da Brazil 021, o segredo da resistência vem de dentro. “Em nossa escola matriz, na Tijuca, a sensação por esses dias tem sido de uns 60 graus, mesmo com toda água e ventiladores. A chapa estava literalmente fervendo… Mas é nessas horas que o Jiu-Jitsu confirma que só os fortes sobrevivem, pois muita gente ali poderia estar na praia, em casa, mas estava ali dando prioridade ao que amamos de verdade. É por isso que dizemos que vivemos para o Jiu-Jitsu, e não do Jiu-Jitsu, eis aí uma das provas”, comenta André.

De acordo com Fabio Andrade, o lance é não aliviar como professor, sem cair no pedido de descanso dos alunos, que sempre vão querer treinar um e descansar dois. “Não tem nada de desaceleração, o treino é sempre para frente. Cabe ao professor lembrar aos alunos competidores que, enquanto muitos brincam de treinar, tem alguém treinando muito forte em algum lugar do mundo. Não há alternativa, quem faz Jiu-Jitsu tem que treinar sem moleza. A alternativa é deixar o pessoal beber água o tempo todo. Treinos curtos, muita água e um ambiente alegre compensam qualquer calorão”, ensina Fabio.

E você amigo, leitor? Treina onde? Que dicas você teria para amenizar o calor? Comente com a gente, e com a comunidade global do Jiu-Jitsu.

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