Vice mundial no peso médio, Claudio Calasans não desanimou e foi o grande nome do Desafio Black Belt de Jiu Jitsu, evento promovido no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. No Grand Prix que pagou 10 mil reais ao campeão, o representante da Atos bateu três adversários até a final contra o campeão mundial dos superpesados Leonardo Nogueira. Confira suas lições e como ele fez para vencer.
Como se vence um GP absoluto? Como foi?
Fiz quatro lutas no total. Venci a primeira por 9 a 0, contra um atleta da Cícero Costha, e na segunda ganhei do Adriano Silva por 4 a 0. Na semifinal finalizei o (Luiz Felipe) Big Mac com um leglock, e na final venci o Leonardo Nogueira por 3 a 2 no placar. Acho que isso mostra a minha constância em campeonatos de alto nível, tanto no absoluto quanto na categoria. O evento foi de excelente organização e está de parabéns. Graças a Deus consegui sair campeão.
Como foi o duelo contra o Léo Nogueira?
Na final contra o Léo Nogueira venci por 3 a 2, foi uma luta com bastante ataque, nós dois fomos para cima o tempo todo. Encaixei algumas finalizações, mas ele se defendeu bem, foi em um desses ataques que consegui obter a passagem de guarda e no final da luta, faltando mais ou menos um minuto, ele me raspou. Foi um lutão, a galera que estava assistindo vibrou com o combate do começo ao fim.
O que você aprendeu com essa conquista?
O interessante foi que o GP foi ao ar livre, e não dentro de um ginásio como estamos acostumados. E tinha muita gente assistindo, foi uma experiência nova para mim. Gostei de lutar assim, usei o fato de ser ao ar livre como um estímulo a mais para vencer. Acho que eu saio dessa conquista bastante confiante para lutar outros absolutos, já que venci grandes lutadores que estão acostumados a vencer os principais campeonatos na nossa modalidade.
Qual foi o momento mais difícil do torneio, e como você superou?
A luta mais difícil foi contra o Big Mac – apesar de eu ter finalizado com um leglock. Mas a finalização veio somente no final da luta. Eu senti que poderia ter trocado quedas com ele, mas resolvi usar a estratégia de chamar para a guarda e ele fica bem confortável por cima. Tive de mantê-lo afastado o tempo todo, o que acabou fadigando minhas pernas mais rápido. Com isso, lutei por uma oportunidade apenas, que consegui no momento certo. Achei a perna e consegui encaixar a finalização.
O que passou na sua cabeça ali na hora da finalização?
Acredito que toda vez que ataco uma finalização vai depender da minha confiança, ou seja, se eu encaixar o golpe tem que acreditar que vou finalizar, seja de qualquer situação. Vejo muita gente encaixando o golpe e com medo de qual será o contragolpe do adversário, não penso assim, quando parto para finalização, vou com o único pensamento de fazer meu adversário pedir desistência. É claro que o atleta tem que estar com uma carta na manga, caso o adversário consiga se defender, porém o primeiro plano é fazer ele dar os três tapinhas.
Deixe uma dica dessa finalização para nosso leitor
A melhor dica que tenho para o leitor não é uma técnica, porém uma estratégia, exemplo; se estou em um combate se não consigo raspar ou passar a guarda, procure atacar finalizações obrigando o seu adversário a entregar a raspagem ou a passagem para não bater, com esses ataques saio no lucro, pois finalizo ou se ele conseguir se defender ganho os pontos e normalmente caio na luta em posições de vantagem sobre meu oponente, para dar novos ataques.
Gostaria de agradecer alguém?
Quero aproveitar a oportunidade para agradecer meus patrocinadores que são eles: Keiko, a prefeitura de São José dos Campos e Construtora Dado, agradeço a todos por acreditarem no meu trabalho. E dizer a quem estiver interessado em seminários comigo é só entrar em contato pelo e-mail – calasansjr@hotmail.com e valeu pela oportunidade dessa entrevista GRACIEMAG.
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