Dono de quatro medalhas de ouro paralímpicas, Antônio Tenório desembarcou há alguns dias em Tóquio em busca de mais uma façanha.
O judoca de 50 anos, primeiro campeão paralímpico do brasil no judô, luta no próximo dia 28 de agosto, a partir de 22h30 de sábado, após ficar internado com um quadro tenso de Covid, no mês de abril.
O judoca paulista, contudo, está leve. A fera de cem quilos recentemente ganhou um filme sobre seus treinamentos, que envolveram uma excursão com o time brasileiro até Hirosaki, a cidade natal de Mitsuyo Maeda, o Conde Koma. Foi lá que nossos atletas fizeram treinos valiosos com a seleção paralímpica japonesa, e até mesmo com judocas locais que enxergam.
Uma experiência única, que o cineasta Eduardo Hunter, amigo do judoca, registrou com rara sensibilidade. “Acho que o mais impressionante na carreira de Tenório é o amor que ele nutre pela luta”, reflete Hunter, produtor e diretor de “Tenório e os sonhos de judô”. “A cada pegada, a cada passo no tatame, ele mostra um poder de percepção, de compreensão do timing e do equilíbrio, inacreditáveis. Mas ele só chegou a esse nível, de seguir brigando por medalhas aos 50 anos, com uma paixão absoluta pelos treinos, por vestir o kimono e se desafiar. Tudo isso vivendo um dia de cada vez, caindo e levantando a cada queda”.
O novo filme da Hunter Filmes já está na Globoplay e em outras plataformas. O primeiro filme sobre Tenório também está lá, “B1 – Tenório em Pequim”, sobre a conquista do ouro pelo judoca nas Olimpíadas na China, em 2008.
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