
Na Copa Company em 1986, o peso médio Leão Teixeira foi escolhido o atleta mais técnico na faixa-marrom. Mestre Carlos entregou seu troféu. Foto: Arquivos GRACIEMAG
Com que espírito você costuma entrar para uma luta, ou mesmo um treino mais pegado, amigo praticante de Jiu-Jitsu?
Uma fábula antiga, encontrada num manuscrito de origem desconhecida, narra história saborosa, que o nobre leitor talvez julgue instrutiva. Ei-la:
Dizem que um sábio sacerdote japonês, antes das batalhas, enfileirava seus mais valentes guerreiros, e os fazia repetir um juramento dos tempos dos samurais.
“Juro amar e respeitar quem me vença ou derrote!
“Juro que a amizade pelo meu adversário é, e sempre será, eterna e inquebrantável!
“Juro que a estima pelo meu rival será a maior garantia para o cumprimento exato dos meus deveres e direitos como lutador!”, eles proferiam.
Enquanto o juramento era dito, o sacerdote observava seus guerreiros atentamente, perscrutando o semblante de cada um deles.
O mestre o fazia com um objetivo simples: conferir se as frases eram ditas com nobreza e sinceridade. Se o velho sábio percebesse que as palavras eram acompanhadas por um olhar tomado de ódio e rancor pelo inimigo – uma fúria capaz de sobrepujar a técnica, a força e a agilidade – o sacerdote tinha o poder de afastar e mandar para casa quem quer que fosse. Até mesmo se o autor do juramento raivoso fosse o melhor combatente da região.
E você, em que palavras pensa antes de amarrar a faixa e ir para o campo de batalha? Mantenha o semblante sereno e a raiva longe do coração, amigo leitor, e bons combates. Oss!
The post A fábula do juramento do samurai first appeared on Graciemag.