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UFC 212 Rio: por dentro da comovente queda do campeão José Aldo

Max Holloway montou e castigou Aldo no terceiro assalto. Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC via Getty Images

[ Texto: Mauro Ellovitch ]

A tensão estava no ar desde o começo. O clima de mau agouro pesava na Jeunesse Arena, na noite de sábado, 3 de agosto. Todos sabiam que Max Holloway seria uma luta duríssima. O desafiante era mais jovem, tinha maior envergadura e vinha de uma fantástica sequência de dez vitórias. José Aldo Júnior parecia não estar com a cabeça no lugar desde a derrota para Conor McGregor. Falou em subir de categoria, em se aposentar, em jogar futebol… Havia um quê de falta de foco em suas entrevistas. Ainda assim eu continuava acreditando em Aldo.

A vitória contra Frankie Edgar no UFC 200 havia me convencido de que o maior campeão do peso-pena na história do MMA estava de volta e ninguém mais iria tirá-lo de seu lugar.

Quando a luta principal do UFC Rio começou, Aldo estava melhor no combate. Com ótima noção de distância e encaixando boas sequências, pensei que veríamos novamente um desempenho clássico do brasileiro. No segundo round, Holloway encontrou a distância de seus golpes e equilibrou a peleja. Os melhores socos agora eram do havaiano. No fim do assalto, cheio de confiança, Max começou a fazer gestos à la irmãos Dias para desestabilizar Aldo.

Um round para cada um e fomos para o terceiro sem saber o que esperar. O coração parecia que ia saltar da garganta. Eis que o desafiante encaixou um veloz direto de encontro ao ataque do brasileiro. Súbito, rápido, inesperado, mortal. Como um grande contragolpe tem que ser. Aldo desabou. Max voou para cima dele como se possesso e passou a desferir golpes com a fúria do inferno.

Com o coração maior do que a razão, Aldo tentou continuar na luta. Mesmo levando um castigo impiedoso, Júnior não se entregava. Tentava se virar e levantar movido somente pelo sentimento. Um zumbi empurrado pela torcida que cantava “Aldo! Aldo!” para tentar ressuscitar seu guerreiro. Para onde o brasileiro se virava, lá estava Holloway para castigá-lo. Aos 4min13s daquele fatídico terceiro round, o árbitro interrompeu o combate e tínhamos um novo campeão na categoria.

Max Holloway merece todos os elogios. Precisou derrotar a todos e fazer a maior série de vitórias do UFC para conseguir sua chance pelo cinturão. Soube aproveitar a oportunidade e merece seu reconhecimento. Lutou muito bem e mereceu a vitória.

Agora, faço questão de destacar para você, pequeno “hater”, que já está com a língua coçando para falar mal: nada disso tira os méritos da bela carreira de José Aldo. Toda a crítica e menosprezo que se seguirão, como sempre se seguem quando brasileiros perdem, serão totalmente injustas e doerão na alma do manauara. E deviam doer na de todos nós.

Se você não se comoveu ao ver Aldo saindo do octógono chorando copiosamente, meu amigo, você não tem coração.

UFC 212
Rio de Janeiro, RJ
3 de junho de 2017

Max Holloway venceu José Aldo por nocaute técnico aos 4min13s do R3
Cláudia Gadelha finalizou Karolina Kowalkiewicz no mata-leão aos 3min03s do R1
Vitor Belfort venceu Nate Marquardt na decisão unânime dos jurados
Paulo Borrachinha venceu Oluwale Bamgbose por nocaute técnico a 1min06s do R2
Yancy Medeiros venceu Erick Silva por nocaute técnico aos 2min01s do R2

Card preliminar

Raphael Assunção venceu Marlon Moraes na decisão dividida dos jurados
Antônio Cara de Sapato finalizou Eric Spicely no mata-leão aos 3min49s do R2
Mathew Lopez venceu Johnny Eduardo por nocaute técnico aos 2min57s do R1
Brian Kelleher finalizou Iuri Marajó na guilhotina a 1min48s do R1
Viviane Sucuri venceu Jamie Moyle na decisão unânime dos jurados
Luan Chagas finalizou Jim Wallhead no mata-leão aos 4min48s do R3
Deiveson Alcântara venceu Marco Beltran por nocaute técnico aos 5min do R2

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