Há alguns anos, a equipe de GRACIEMAG dedicou uma edição aos praticantes da categoria de base do Jiu-Jitsu, num dossiê dedicado aos faixas-azuis. Na reportagem, que ganhou a capa da revista de número #150, em agosto de 2009, sabatinamos uma série de mestres, professores e lutadores sobre os macetes que os faixas-azuis de Jiu-Jitsu deviam ter sempre em mente para alcançar com merecimento a faixa-roxa.
Ao professor e lutador do UFC Ricardo “Cachorrão” Almeida, perguntamos sobre as falhas mais comuns que ele via seus faixas-azuis cometerem, em treinos e torneios.
“Se eu tiver de apontar os três erros mais comuns dos faixas-azuis, o primeiro certamente será a postura”, garantiu Cachorrão, que logo prosseguiu com o raciocínio.
“Eles são pegos diversas vezes no triângulo ou são raspados por estarem com a postura errada. Para corrigir isso, meus alunos aprendem a abrir a guarda de pé e a passar a guarda emborcando o adversário. O segundo erro mais comum é a pegada de costas. Vejo os faixas-azuis perderem a posição por tentarem colocar os dois ganchos de uma vez. A correção disso é puxar o adversário para cima deles e colocar um gancho de cada vez”, lembrou o faixa-preta radicado em Nova Jersey.
“Já o terceiro erro mais recorrente é o uso da força durante a luta. Pela inexperiência, eles tendem a dar preferência ao uso da força sobre a técnica, o que além de menos eficiente pode gerar contusões. Com o tempo e a experiência, os jovens corrigem isso na maioria das vezes. Já no caso dos faixas-azuis mais velhos, eu trato de deixar claro que apenas tomando amasso nos treinos é que eles vão evoluir e aprender a usar a técnica”, concluiu Ricardo Almeida.
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