O saudoso grande mestre Carlson Gracie ficou conhecido por sua exímia habilidade de desembolar as posições mais complicadas e inventivas do Jiu-Jitsu, e também por sua paixão pelos polêmicos galos de briga. Seu fiel escudeiro nessa seara, Antônio Emidio dos Santos ajudava Carlson a alimentar e treinar os bicudos.
Nesse domingo, 25 de novembro de 2018, Antônio faleceu. Albertinho dos Santos, um de seus filhos, é hoje faixa-preta e ensina em Abu Dhabi, mostrando que a relação da família com o Jiu-Jitsu segue firme.
Além de escudeiro de Carlson, Antônio Emidio, apesar de nunca ter treinado de fato, era um dos melhores apelidos da famosa academia de Copacabana.
O apelido inusitado surgiu após uma viagem de carro entre os amigos, como contou o comentarista do Canal Combate Marcelo Alonso, em seu livro “Por trás do octógono” (Editora PVT).
“Tudo aconteceu em uma noite em que Carlson subia a serra de Teresópolis num fusca”, escreve Alonso, “com oito galos, acompanhado de seu inseparável amigo que também era o treinador das aves e parceiro de rinhas. O carro, subitamente, enguiçou na escura estrada. Carlson foi checar o motor do carro, enquanto Antônio acendeu uma vela para conferir os cabos por baixo do veículo. Ao enxergar pelo lado oposto, Carlson viu a gasolina que vazava de uma mangueira e gritou: ‘Apaga a vela! Apaga a vela!’ Tarde demais. O carro pegou fogo e só houve tempo de salvar os galos. O prejuízo do fusca ficou, mas o apelido está gravado na história: Antônio Apaga-Vela”.
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