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Marcus Buchecha exalta Leandro Lo e detalha contusão antes da final do GP da IBJJF

Buchecha foi campeão ao superar Leandro Lo na decisão dos árbitros. Foto: Gabriel Mendez

Recordista de títulos no Mundial de Jiu-Jitsu na faixa-preta, Marcus Buchecha deu mais uma mostra de sua técnica no GP de Pesados do IBJJF Pro League, realizado no dia 26 de agosto.

Para tal, o penta mundial absoluto realizou três combates contra alguns dos mais perigosos pesados do cenário mundial, inclusive na finalíssima no qual encarou o amigo e também papa títulos Leandro Lo.

A vitória pelo ouro e os 40 mil dólares da premiação vieram na decisão dos árbitros, em luta parelha com o craque da NS Brotherhood, que faturou 10 mil dólares, o prêmio dado ao vice-campeão. Após a conquista, Buchecha conversou com Marcelo Dunlop, editor do GRACIEMAG.com, sobre as emoções do fim de semana, com o bônus de ver do seu pai pela primeira vez campeão de um grande torneio como faixa-preta. Leia e aprenda com o craque da Checkmat:

GRACIEMAG.com: Como você analisa o torneio e sua caminhada até o título?
Marcus Buchecha: Comecei com duas lutas duríssimas. A primeira foi contra o Dimitrius Souza, um cara que está ganhando tudo no Brasil, luta bem nas competições e tem uma guarda muito boa. Nunca tínhamos lutado, então foi diferente, não conhecia muito o jogo dele e ganhei de três vantagens. A segunda foi com o João Gabriel. Joguei melhor contra ele, do jeito que eu gosto. Consegui minhas quedas e me soltei mais. Peguei as costas, e quando ele tentou raspar, se expôs um pouco e me deu espaço para finalizar no pé.

E a final contra o Lo? Como foi encarar mais uma vez o amigo e rival?
Ele é um grande irmão e fizemos uma luta duríssima. Foi um empate justo, os árbitros poderiam ter dado a luta para qualquer um, mas eles acharam que eu levei. Fiquei muito feliz, mas o título poderia ser para qualquer um dos lados.

Outro título do fim de semana foi especial para você, o do seu pai, na faixa-preta do Mundial Master. Como foi estar do outro lado?
Foi especial para mim. Em vez de ser eu no tatame saindo na porrada foi ele quem lutou e eu fiquei de coach, gritando as instruções. A última vez que tinha visto meu pai competir foi em 2005, ele era faixa-azul e eu faixa-amarela. Ele não costuma estar nas minhas competições hoje em dia, pois a maioria é fora do Brasil. Desta vez foi incrível. Não sabia se ele ia me escutar, mas ele me ouviu, confiou e mandou bem na luta. Nós treinamos um pouco antes da vez dele de lutar e foi muito legal. Ele deu uma boa queda, pôs o joelho na barriga e ganhou nos pontos. Campeão pesadíssimo master 6. Foi um fim de semana perfeito.

Agora, quais são os próximos passos para o restante do ano?
Tive uma pequena lesão durante a luta com o João Gabriel, o que me atrapalhou ao lutar a final. O João tentou uma queda no seoi e eu caí de mau jeito, bati meu cotovelo no quadril mas foi só muscular mesmo, não foi na costela. Alguns dias tratando e já estará zero. Agora é foco total no ADCC. No começo do ano eu faço meu cronograma completo e com o ADCC serão cinco competições para 2017. O ADCC é o último deles e eu estarei lá. Vou treinar com o Leozinho Vieira, não tem ninguém melhor que ele para treinar sem kimono, ainda mais com o embalo dele estar lá para lutar também, contra o Chael Sonnen na superluta. A equipe da Checkmat está ótima para competição, com Luiz Panza e João Assis também. Nós vamos com tudo.

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