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Victor Silvério e o Brazil Pro em Gramado: “Como se enjaula um furacão?”

Victor Silverio e Gilbert Durinho fizeram duas guerras no GP Foto Aragao

Victor Silverio em ação no Jiu-Jitsu. Foto: Aragao

Victor Silvério, estrela da GFTeam, não começou o ano como desejava. No Europeu da IBJJF em janeiro, o carioca teve atuação discreta e não medalhou. Mas tudo pode mudar neste fim de semana em Gramado, pelo Brazil National Pro de Jiu-Jitsu.

De volta ao caldeirão da equipe no Méier, Silvério costurou os pontos fracos com os companheiros, principalmente com Rodolfo Vieira, Jaime Canuto e Marcus Morcego.

Com a mente blindada, o aluno de Julio Cesar pretende ser um “furacão” na divisão até 85kg, onde concorre com Eduardo Português (CIA), Felipinho Cesar (Barbosa), Rodrigo Fajardo (GB) e Vinicius “Pulga” (Guetho).

Em papo com GRACIEMAG, Victor detalhou os treinos, falou o que espera do torneio e contou como prepara a mente para a peneira que garante vaga no WPJJC, em Abu Dhabi.

GRACIEMAG: Como você driblou o carnaval para manter o treino forte para a seletiva?

VICTOR SILVÉRIO: Carnaval? Sinceramente, estou muito comprometido e disposto a ser campeão mundial da IBJJF em 2015. Carnaval e qualquer outra coisa do tipo nem passam pela minha cabeça. Penso e sonho grande. Quando você pensa e sonha desse jeito, a única alternativa que você tem para não se decepcionar é ter atitudes grandes. Tenho uma namorada que me apoia 100%, tenho amigos que me ajudam todos os dias, e uma família que me dá suporte. Eu tenho do bom e do melhor em tudo: médico, preparador, treinador de judô e de Jiu-Jitsu e fisioterapeuta. Tenho tudo o que é preciso pra ser campeão mundial. E tenho certeza que eu vou ser. A seletiva é só mais uma etapa. Tenho tentado equilibrar minhas valências, tenho focado nas minhas carências para deixar de ser um atleta com uma característica só e virar um atleta completo. Meu judô no Europeu estava muito fraco, mas acho que vamos ter surpresas em Gramado.

O que fazer para vencer uma luta de seis minutos, como em Gramado?

Tenho treinado de duas a três vezes por dia. Estou me colocando sempre nos pontos fortes dos meus companheiros de treino. Sei que se o Rodolfo não passar minha guarda ninguém mais passa, se o Jaime ou Morcego não pegarem meu braço, ninguém pega. Esse é o segredo. Se você coloca um leão numa jaula ele fica incapaz de qualquer coisa, treinar para ser um leão então é pouco. O lance é treinar para ser um furacão. Como enjaular um furacão? Estou treinando para que nem o mais amarrão consiga travar meu jogo durante o torneio.

Você teve uma atuação discreta no Europeu da IBJJF. Que lição aprendeu?

Tive problemas para me preparar para o Europeu, mas não vou entrar nesse discurso derrotado de querer dar desculpa. O campeão, o Davi (Ramos), é muito qualificado e eu poderia ter perdido para ele mesmo bem. Mas não, essa derrota não vai me botar pressão nenhuma. Sei que eu precisava passar por isso para acertar algumas coisas, e foi só mais uma etapa até o Mundial. Estou muito confiante, sei que quando treinamos duro e estamos focados num objetivo, aquilo acontece. Não posso deixar nada me desviar do caminho que eu planejei.

Saiba mais sobre o Brazil Pro em Gramado, aqui!

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