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Lucas Lepri analisa o que foi fundamental para ser bicampeão mundial de Jiu-Jitsu

Lucas Lepri contra JT Torres, no Mundial de Jiu-Jitsu. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Lucas Lepri contra JT Torres, no Mundial de Jiu-Jitsu. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

A disputa do Mundial de Jiu-Jitsu esquentou Long Beach, na Califórnia, no início do mês de junho. Na divisão dos leves, Lucas Lepri voltou a vencer o torneio, depois de um longo jejum de sete anos. Lucas vencera seu primeiro título mundial na faixa-preta em 2007.

Para fisgar a medalha de ouro da IBJJF, Lucas fez cinco combates na categoria e superou o lado psicológico. Na final do peso, o atleta da Alliance venceu a pedreira JT Torres por 12 a 0, com passagens de guarda e uma queda.

Em conversa com GRACIEMAG, Lucas falou da conquista, analisou o diferencial para vencer o segundo Mundial da IBJJF na carreira, destrinchou as passagens de guarda em JT e comentou o momento que mais chamou sua atenção no torneio. Confira!

GRACIEMAG.com: Lucas, como você superou o jejum de sete anos, depois de ter conquistado seu primeiro mundial em 2007?

LUCAS LEPRI: Conquistei meu primeiro título mundial em 2007, no meu primeiro ano de faixa preta, e realizei o sonho de qualquer atleta. Em 2008 me mudei para os Estados Unidos, porém continuei treinando com a mesma intensidade e dedicação. Se eu recapitular desde 2007 para cá, posso dizer que sempre estive no pódio desde então. Em 2008 fiquei em segundo lugar, 2010 em terceiro lugar, 2012 em segundo lugar e em 2013 em terceiro lugar. Durante sete anos estava batendo na “trave” por alguns erros, mas sabendo que eu tinha capacidade de conquistar o título novamente. Sempre me dedico ao máximo nos meus treinos e tenho uma preparação física muito intensa junto com meu preparador Kevin Paretti. Posso dizer que o que realmente fez diferença dessa vez foi trabalhar o meu lado psicológico. Estava muito confiante na parte técnica, física e mental. Consegui soltar meu Jiu-Jitsu como fiz em 2007, com isso tive uma boa atuação. O resultado não poderia ser diferente.

Qual foi o detalhe para passar a guarda do JT Torres na final dos leves?

Sempre nos encontramos nos principais campeonatos e nossas lutas são sempre uma batalha. É sempre um prazer ter JT como oponente. Sobre a luta, passei a guarda cruzando o joelho, uma de minhas técnicas favoritas! O JT é um atleta muito explosivo e bastante técnico. Ele tem uma pegada muito forte, com isso procurei não deixa-lo fazer as pegadas e ficar confortável no jogo.

Que momento do torneio chamou mais sua atenção, Lepri?

A final do peso-pena feminino, com a luta de Michelle Nicolini e Tammi Musumeci, recém-graduada faixa-preta. Sem dúvida a vontade e sede de ganhar que a atleta Tammi teve contra Nicolini foi impressionante. Foi uma das melhores lutas que já vi.

E agora como fica sua agenda?

Após tirar alguns dias de férias, volto a minha rotina de aulas e seminários. Meu objetivo principal agora no próximo semestre é abrir minha academia em Charlotte, na Carolina do Norte. É mais um sonho se tornando realidade.

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