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Revelação da faixa-preta na Jiu-Jitsu Expo, aluno de Cyborg dá fórmula para vitória no GP

Ricardo Rezende, campeão do GP de faixas-pretas. Foto: Ivan Trindade/ GRACIEMAG

Ricardo Rezende, campeão do GP de faixas-pretas. Foto: Ivan Trindade/ GRACIEMAG

Ricardo Rezende, 23 anos, foi o melhor faixa-preta do GP de novos da World Jiu-Jitsu Expo, evento realizado por Renzo Gracie no último fim de semana na Califórnia. No torneio para faixas-pretas com menos de dois anos na graduação, o aluno de Roberto “Cyborg” Abreu venceu seis lutas para ser campeão.

Sem se abater mesmo após uma derrota nas fases iniciais, Ricardinho avançou e reencontrou James Puopolo (Ribeiro Jiu-Jitsu), para quem havia batucado numa chave de joelho. Depois de ouvir bons conselhos de Cyborg, o faixa-preta da Fight Sports não deu margem para o erro novamente e se vingou, finalizando Puopolo numa chave pé.

Aprenda com os erros e acertos de Ricardinho, nesta entrevista para o seu portal de Jiu-Jitsu favorito:

GRACIEMAG: Como você lidou com a variedade de estilos dos rivais nesse GP da Jiu-Jitsu Expo?

RICARDINHO REZENDE: Gosto de lutar tanto por cima como por baixo, mas tenho muita confiança fazendo guarda. Estava impondo meu jogo desde o começo sem dar espaço para erros. O diferencial foi acreditar em Deus, pedi proteção para que pudéssemos lutar limpo. Tenho muitos amigos que acreditam em mim, tenho pessoas sempre me motivando, e falando que
posso chegar lá. Tais palavras me deram força para conquistar meu sonho. Lutei com o coração e com vontade de ganhar. E com sangue no olho o tempo todo.

Qual foi o detalhe para pegar o pé do James na grande final, no domingo?

Essa luta foi de vida ou morte. Ele me finalizou no joelho em 40 segundos nas eliminatórias. Fiquei com aquilo engasgado na garganta, mas deixei o ego de lado e fui para a conquista, e dei a vida para ganhar aquela luta. O segredo foi cair dentro sem medo de perder. James estava fazendo a passagem de legdrag e quando inverti para defender a passagem, ele acabou indo para o meu joelho, de novo! Neste momento encaixei a chave de pé e já saí pegando.

Que lição principal você aprendeu ao vencer esse torneio?

Cyborg me motivou desde o primeiro dia em que meu nome foi confirmado no GP. Depois de ter perdido a primeira luta para o James e voltar a reencontrá-lo na final, meu professor me lembrou o caso dele no ADCC, em Pequim. [Cyborg perdeu para Buchecha no peso e o venceu na final do absoluto]. Ele me incentivou: “Esta vai ser a luta de sua vida até aqui, vai e finaliza”. E fui com muito mais vontade e confiança. Aprendi que, por mais que você tenha pedras no seu caminho, tudo é possível.

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