Líder da nossa GMI Gracie Barra Westchase, uma das filiais da GB de maior sucesso no mundo, Ulpiano Malachias acompanhou de perto a expansão da escola de Carlinhos Gracie pelo mundo, com sua parcela de atuação na empreitada.
Para entender melhor, GRACIEMAG bateu um papo com Piano, e os avanços do jovem de Minas Gerais até ganhar o mundo, com passagens pela Europa, Ásia antes de fincar suas raízes nos EUA é recheada de lições. Confira a conversa nas linhas abaixo e aprenda com quem trabalhou duro para vencer os maiores desafios da vida. Oss!
GRACIEMAG: Como você conheceu o Jiu-Jitsu?
ULPIANO MALACHIAS: Meus primeiros passos no Jiu-Jitsu foram através de um amigo de infância, Erik Wanderley. Ele morava do outro lado da casa da minha tia, era campeão mundial e aluno do mestre Draculino. Em 2002, um vizinho meu se mudou para Los Angeles para lutar em alguns campeonatos de Kung-Fu e MMA. Como eu era novo e achava que era “brigador”, me mudei para lá. Nas faixas coloridas foram muitos amassos e lições. Apanhei muito. Perdi uma final do Pan na marrom para o José Júnior, por exemplo. Eu todo fortão e ele com aquele olhar de quieto inocente (risos). Me bateu, mas viramos grandes amigos.
Em que momento você entendeu que seria uma peça-chave na expansão da equipe no mundo?
Em 2005 eu estava na Califórnia e treinava diariamente com o mestre Carlos Gracie Jr. Por estar próximo, eu consegui entender a visão do mestre e o porquê da importância de estar fazendo as escolas se alinharem, com a visão que ele tinha sobre o lifestyle do esporte. Foi uma transição bem normal para mim, eu ajudava nas aulas da escola do mestre na Califórnia com os professores Márcio Feitosa, André Fernandes, Flávio Almeida e Marco Piu Piu. Em 2007, abri a minha primeira escola, por sinal a primeira franquia da Gracie Barra nos EUA, a GB Santa Ana, também na Califa. Se sou importante na Gracie Barra eu não sei, mas tento meu melhor para passar minha experiência para as gerações mais novas. E esse é o ciclo.
Qual foi seu maior desafio como líder de academia e o que aprendeu com isso?
Foi mudar para o Texas. Não conhecia ninguém aqui. O Draculino era o mais próximo, a 40 milhas de distância. Então começar do zero, sem alunos, parceiros de treinos e amigos foi difícil, mas se tivesse sido fácil talvez não tivesse me empenhado tanto para o sucesso. Aprendi a ter ainda mais paciência e dedicação, assim como no Jiu-Jitsu. Semear a ideia de que irmandade, lealdade e, sobretudo, respeito a hierarquia é muito importante, não só no Jiu-Jitsu, mas também na vida.
Quais os próximos passos da sua ascendente caminhada no Jiu-Jitsu?
Não me acho melhor que ninguém, mas trabalho muito e acompanhar meu ritmo de trabalho é para poucos. O desafio é ver essa geração nova de alunos conquistar o objetivo de viver do Jiu-Jitsu. O alvo é apoiar meus alunos e ajudá-los a serem campeões.
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