Aos 17 anos, o faixa-roxa Marcio André (Nova União) é daqueles competidores de Jiu-Jitsu que estudam a arte minuciosamente, perdendo um tempão analisando cada posição.
O estudo tem dado resultados, como se vê no último Mundial de Jiu-Jitsu, em Long Beach.
Após uma série de dez duelos marcantes com os irmãos Paulo e João Miyao, Marcio André começou a desenvolver um modo seguro e eficaz de livrar-se da teia do chamado “berimbolo”, posição em que os Miyao são cobras.
“O adversário começa pegando a minha faixa e me taca para trás. Quando ele for me tacando para trás, eu caio sentado do outro lado da cabeça dele. É preciso sempre afastar e matar a perna direita dele, pois é esta perna que ele usa para me tacar para trás ou me ameaçar. Depois que a perna estiver dominada, venho com a mão esquerda no cotovelo esquerdo dele e puxo para cima, ao mesmo tempo em que estico minha perna direita, que está no meio da perna dele”, narra Marcio, aluno do professor Fábio Andrade em Bangu.
“Depois, eu troco a pegada da calça para a mão esquerda, entro com meu braço no meio da barriga dele e passo meu joelho para a frente, virando de lado. Se ele tentar me raspar jogando para trás, apoio a cabeça no chão, solto a pegada e vou para as costas. Se ele não me jogar para trás, passo minha perna sobre a dele, continuo com a mão esgrimada, forço meu joelho para fora e passo a guarda”, conclui a jovem promessa.
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