Logo após ser abatido por Leandro Lo com esta americana no pé, na final da categoria absoluto do Pan 2017, João Gabriel Rocha conversou com os repórteres de GRACIEMAG e desabafou: “O que faz o Lo ser um lutador tão duro de ser batido? Bem, em primeiro lugar eu apontaria o ritmo dele, ritmo em todos os sentidos da palavra. Ele vem pelo menos há uns quatro, cinco anos, num ritmo de competição muito bom, disputando os maiores torneios sem pausas. E é aquilo, de tanto bater na trave, uma hora a bola certamente vai entrar, acredito nisso.
A cada ano que passa, vejo que ele fica mais experiente no Jiu-Jitsu, mais afiado e cometendo menos erros contra os adversários. E ainda por cima o Lo fez esse trabalho para ficar mais pesado, passando de 76kg para 94kg em cinco anos. Ou seja, a cada ano que passa ele está mais técnico, consciente e indigesto. E mais forte”.
“O outro tipo de ritmo de que falo é a movimentação frenética que ele tem como estilo ao lutar. Lógico que, mais pesado, ele perde um pouco da velocidade, mas continua rápido em relação aos grandões. Com um agravante: o Lo demonstra um poder de recuperação sobrenatural, ele consegue descansar durante a luta, um superpoder impressionante. Repara que ele fica ali, com aquela cara meio esbaforida, mas está com um gás infinito ainda, para lutar mais 50 minutos. Se a luta toma um ritmo incessante e ele cai por baixo, ainda assim ele demonstra um poder de descansar e explodir como poucos possuem. Ele fica ali com a guarda aberta impedindo o passador de se mexer, não pode ser punido pois está com a guarda totalmente aberta, e de verdade está apenas recuperando o fôlego por uns segundos, para explodir e vir para cima com tudo, raspando geral. É um gás extraterrestre”.
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