A vontade já existe. Anteriormente, o ex-campeão havia dito que estava cansado de lutar, que a pressão de ser campeão era muito grande, que os longos camps o afastavam de sua família, seus amigos, sua rotina de mero mortal. Para o combate deste sábado, Anderson fez diferente: enxugou a equipe, tornando o ambiente de treinos mais estreito, além de ter a proximidade com sua esposa e filhos retomada, com a criação de sua academia e o fato de estar morando próximo a mesma.
Com isso, Anderson poderia rechaçar os motivos anteriores da almejada aposentadoria, então porque voltar ao assunto? Bem, o sonho maior do Aranha, deixando o UFC em reserva por um momento, é um combate nas regras do boxe com Roy Jones Jr. O próprio boxeador havia dito que aceitaria o combate, caso Anderson vença Weidman em Las Vegas. Será este motivo do combate? Provavelmente não.
Vamos com o “poder de persuasão” de Dana White. O careca todo poderoso do UFC fez de tudo para que Anderson fizesse a revanche imediata com o atual campeão. Deve ter sido trabalhoso, mas Anderson resolveu fazer a luta. Imagine o montante em jogo, hein? Bem, resolvido o impasse, voltamos ao “para ou não para” de Anderson, com dois possíveis cenários:
1° – Anderson vence e retoma seu cinturão.
O cenário perfeito para se aposentar. Venceu o seu único algoz no UFC, aquele que “supostamente” só superou num deslize de grandeza por estar há 7 anos no poder, e agora, após se reafirmar como supercampeão do Ultimate, pode finalmente abandonar os cages no ápice do sucesso, como fez Pelé outrora, receita que se mostrou eficiente para construir um legado no esporte.
2° – Anderson perde e Weidman mantém o cinturão.
Noite triste. Anderson afirma sua posição de mero mortal e mais uma vez é superado pelo jovem e ávido Weidman. Orgulho ferido, promessas ao vento e novos ataques do público com “foi vendido”, “ele mereceu” e “já vai tarde”. Anderson, abatido, anuncia ali mesmo, no octagon que está abandonando o UFC. O maior de todos os tempos segue a linha de GSP, de maneira diferente, e dá lugar para novos talentos do MMA.
Os dois cenários remetem ao fim da carreira de Anderson, e ambos são plausíveis, certo? Nem tanto. Anderson Silva, além de ter um contrato de mais oito lutas assinado com o UFC, recebe uma bolsa astronômica a cada vez que luta, além dos contratos de patrocínio e peças publicitárias que participa. Tudo isso diminuiria com sua aposentadoria. E mais, seus treinadores e pessoas próximas dizem que nunca viram o Anderson tão bem preparado para uma luta. Será que o supercampeão teria chegado ao topo de sua forma, somando experiência e técnica, assim como Vitor Belfort afirma estar?
Em entrevista ao Combate.com, Jorge Guimarães, o Joinha, empresário de Anderson, disse que não acha provável que o Aranha vá pendurar as chuteiras, usando como base o salário e a boa forma do atleta, sem contar o contrato. Quem melhor do que o agente do Anderson Silva para falar sobre o assunto, não?
Pois bem, tirando as especulações, só saberemos o final dessa história após a luta, tão aguardada pelos fãs do UFC. Mas a pergunta final fica para você, leitor: Deveria Anderson Silva se aposentar? E caso aconteça, o que o campeão deixa de legado para o esporte? Abra o debate conosco!
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