Renan Pegado, mais conhecido pelo apelido dado pela avó, testou sua fama ontem durante passeio em Londres, onde defendeu o cinturão interino dos pesos-galos do UFC com sucesso, no sábado.
Barão, todo encasacado, só era reconhecido pelos torcedores quando pousava o cobiçado cinturão dourado no ombro, a peça conquistada com o katagatame que sufocou Michael McDonald, no quarto assalto.
A tendência é que sua popularidade aumente, muito em breve. Entre julho e setembro, segundo o presidente Dana White, deve sair a luta pelo cinturão definitivo com o campeão Dominick Cruz (19v, 1d), americano que se recupera de duas contusões consecutivas.
Ao jornal “O Globo”, Barão analisou o jogo de Cruz com admirável franqueza: “O Dominick joga com o regulamento. Se você for ver, não tem força no soco, não tem chute. Só tem movimentação e muito gás”, disse o campeão da Nova União, na reportagem de Eduardo Zobaran, referindo-se ao jogo tático de quedas de Cruz.
Criado no bairro de Quintas, em Natal, Renan Barão (30v, 1d, 1NC) não perde uma luta desde a estreia, em abril de 2005, para o anônimo João Paulo, na decisão dos jurados. O faixa-preta de Jair Loureço, professor da Kimura/NU, começou a carreira como muitos outros astros – trocando aulas de Jiu-Jitsu pela tarefa de limpar o dojô e faxinar a academia.
“Não sei onde estaria se não fosse o Jiu-Jitsu e o MMA. Vinte e cinco dos meus melhores amigos morreram. Mataram eles, ou por brigas ou por fuleragem. Isso teria acontecido comigo também”, lembrou ele, que completa 26 anos no fim de fevereiro.
Orgulho potiguar, Renan só retorna ao Rio Grande do Norte no sábado. Antes, tem outra missão: passar o que sabe num seminário de Jiu-Jitsu em Londres.
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