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Penta absoluto, Marcus Buchecha revê Mundial de Jiu-Jitsu e lembra antigas revistas

Marcus Buchecha derrubando Erberth Santos no absoluto. Foto: Beatriz Lina/GRACIEMAG

O paulista Marcus Vinicius “Buchecha”, de 27 anos, alcançou o recorde de cinco ouros absolutos em Mundiais da IBJJF, com a campanha vitoriosa no Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu de 2017, no último domingo 3 de junho. Com o triunfo sobre Leandro Lo na final do aberto, ele agora coleciona os títulos de 2012, 2013, 2014, 2016 e 2017. Confira o que passou pela cabeça dele durante a conquista, na entrevista exclusiva a GRACIEMAG.

GRACIEMAG: Vocês terminaram a final do absoluto, na noite de domingo 3 de junho, desabados, um caído para cada lado. Como está hoje o pentacampeão mundial absoluto? Feliz e refeito?

MARCUS BUCHECHA: Ainda estou me recuperando da batalha do fim de semana. Foram várias guerras, mas, graças a Deus, consegui conquistar mais dois títulos mundiais. Agora são dez títulos somando os cinco do peso com os cinco do absoluto. Estou muito feliz! A ficha ainda não caiu direito. Não consegui perceber ainda o que eu consegui nesse esporte. Mas estou amarradão.

Passa aquele tal “filme na cabeça” com a conquista?

Exato, agora alcancei um feito que nunca imaginei possível quando comecei no esporte. Quando comprei minha primeira revista, lembro que o Marcio Pé de Pano e o Roger Gracie eram os grandes nomes do Jiu-Jitsu. Foram os meus primeiros ídolos e, ter atingido a marca do Roger, o primeiro a ter dez títulos mundiais, é um feito que ainda não consigo descrever. Só sei que é algo grandioso de se alcançar no esporte.

Como lida com esta pressão de ser o homem a ser batido por todos ali na Pirâmide?

A ocasião em que senti mais pressão foi em 2015, quando pela primeira vez eu tinha a oportunidade de passar o Roger em títulos no absoluto. Eu era tri absoluto como ele. E foi justamente o ano em que mais senti pressão na minha vida como competidor, e como consequência disso, acabei me machucando seriamente no joelho. Mas, depois disso, tudo mudou para melhor. Minha cabeça mudou muito ali, amadureci demais e isso me ajudou a conquistar os títulos seguintes.

O que você conversou com o Leandro Lo antes da grande final do absoluto deste ano?

O Lo é um grande amigo que o Jiu-Jitsu me deu. E na minha opinião, ele é o melhor lutador do mundo hoje. Vem fazendo história conquistando títulos em várias categorias de peso diferentes. Todo mundo tem de respeitar o que ele tem feito no esporte. Eu já sabia que essa final com ele seria a luta mais difícil do campeonato. E eu não estava errado. Foi uma guerra! Conversamos antes da luta e combinamos de sair na porrada mesmo. Acho que a nossa amizade não interferiu em nada na luta. Todo mundo estava correndo atrás do mesmo sonho. Foi uma final duríssima, praticamente um empate, 2 a 2 nos pontos e 1 a 1 nas vantagens, mas ganhei por uma punição, quando ele caiu fora da área de luta. Foi um grande sonho realizado.

E no peso, o que você destaca?

A final do peso, contra o Gustavo Dias, foi outra luta duríssima! Mas consegui sair com a vitória também. Creio que só tenho a agradecer a todo mundo que me ajudou esse tempo todo com o treinamento, os amigos e torcedores que me mandam energia positiva, que torcem para mim de longe e de perto… Muito obrigado por tudo a todos vocês! E vamos que vamos porque ainda não acabou não. O ano está só começando, e tem o ADCC no segundo semestre!

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