Antes das 18h, todos os campeões da seletiva de Gramado foram definidos, e vão para Abu Dhabi com tudo pago.
65kg: Isaque Paiva finalizou Bruno Frazatto no triângulo aos 5min47s de luta
74kg: Davi Ramos venceu Thiago Baiano por 2 a 0 (queda)
83kg: Victor Bonfim venceu Guto Campos por 2 a 0 (raspagem)
92kg: Alexandre Souza venceu Tarsis Humphreys por 4 a 0 (pegada de costas)
+92kg: Marcus Bochecha venceu Leonardo Nogueira por 11 a 2
Feminino:
63kg: Luanna Alzuguir finalizou Erika Almeida na chave de perna
+63kg: Fernanda Mazzeli venceu Talita Treta por decisão dos juízes
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O domingo dedicado à elite começou surpreendente logo na primeira luta dos marrons e pretas. Aryzinho Farias entrou para lutar contra o sempre perigoso Isaque Paiva e puxou logo para a guarda. Saiu na frente com uma vantagem ao ir para cima, ficou dentro da guarda mas as pernas do esguio Isaque não deram trégua. Ary tomou uma punição, a luta empatou e Isaque venceu na decisão dos jurados.
Seu adversário na final seria Bruno Frazatto, companheiro de Ary na Atos, e eleito no fim o atleta mais técnico da Seletiva. Bruno começou melhor, parecendo que domaria as pernas compridas do sorridente Isaque. No fim, Bruno vencia por uma vantagem e Isaque passou a bombardear, até encaixar o triângulo no último minuto. Frazatto prendeu o fôlego, se debateu e no fim não resistiu, desistindo a 13 segundos do fim. Na comemoração, o faixa-preta da equipe Saikoo não aguentou e foi celebrar na área vip, onde estavam Minotauro inclusive. A regra é clara, não pode sair do tatame, e a jovem revelação do evento seria desclassificado. Mas, após ter sua mão levantada, sob vaias da galera, Bruno conversou com o árbitro e entregou a vitória para Isaque, que foi às lágrimas de novo.
Davi mostra força até 74kg
Na divisão até 74kg, Davi Ramos mostrou por que é um dos melhores da categoria, e começou o domingo derrubando e pegando as costas do promissor Rodrigo Aquiles, aluno de Elan Santiago e Alexandre Paiva na Alliance Rio. Com os 6 a 0 firmes no placar, Davi ficou nas costas a luta inteira, até o final dos seis minutos regulamentares. “Ele errou no começo, mas ainda falta bagagem para lutar de igual para igual contra um cara duro como o Davi. Foi um resultado normal”, comentou Paiva.
Na final contra Thiago Baiano, um talento da CheckMat que havia finalizado pelo pé Caloquinha e Tiago Rocha (Alliance), Davi não deu espaços. Começaram atacando pés, mas Davi impôs o jogo, abriu 2 a 0 e atacou a guarda e depois as costas, sem pontuar. A fera da Atos vai para Abu Dhabi.
Bonfim raspa Guto Campos
Na categoria até 83kg, Guto Campos e Eduardo “Português” Santoro faziam a semifinal mais aguardada, mas Guto ganhou apenas por atacar mais, por baixo. Luta boa foi entre o incansável Victor Bonfim e Rodrigo Pimpolho, onde Bonfim honrou o sobrenome e, restando dez segundos, conseguiu uma queda que empatou o placar, em 2 a 2. Vitória merecida de Victor nas vantagens, ele que pôs pressão e atacou o tempo todo, contra uma raspagem afiada de Pimpolho.
Na final, Guto começou melhor e atacava por cima sem clemência, conseguindo duas vantagens. Mas, quando estava na meia, tomou uma raspagem precisa de Victor, e não conseguiu correr atrás. Bonfim venceu, quase correu para a galera mas lembrou a tempo e não se jogou na grade.
Souza vence Tarsis com um Jiu-Jitsu de pressão
Entre os atletas de 92kg, o primeiro campeão absoluto de Abu Dhabi, Tarsis Humphreys, retornou de contusão e fez um lutão com Alexandro Ceconi na semifinal, em que segurou a pressão do catarinense por cima e venceu, por 2 a 0.
Na final contra um tranquilo Alexandre Souza, que também andava sumido, Tarsis começou jogando por baixo, e não resistiu a pressão do professor da Gracie Floripa, que chegou do lado e pegou as costas. Tarsis resistiu, não bateu no pescoço mas perdeu a final.
Bochecha faz 9 a 0 rápido em Nogueira
Nos pesados, a final entre Marcus Bochecha e Léo Nogueira, que sobraram no sábado, repetiu a final do Mundial 2011. Bochecha, que finalizou todo mundo em Gramado menos Léo, comentou o reencontro com o GRACIEMAG.com.
“Eu e o Léo chegamos a treinar juntos, quando eu era juvenil. Aquela final demorou um pouco para sair da cabeça, pois foi a primeira vez em que eu deixei uma luta terminar empatada. Acho que no Mundial eu deixei ele me travar muito e, como eu não traço estratégia, me desesperei e abri a guarda de qualquer maneira ali, quando ele pontuou”, disse Bochecha, antes da luta.
Depois de aplicar 11 a 2 no guardeiro da Alliance, Bochecha comentou a luta:
“Acho que ele ia tentar me segurar para raspar mais para o final, então surpreendi com uma blitz no início que ele não esperava. Quedei, passei e montei, e abri 9 a 0. Aí fica difícil correr atrás numa luta de seis minutos, acho que ali ele já não tinha mais cabeça para virar”, disse o grande nome da seletiva, que ainda arrochou o braço de Nogueira, que defendeu bem.
E para você, amigo leitor, qual foi o destaque positivo da seletiva de Jiu-Jitsu de Gramado? Comente abaixo!
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