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Leandro Lo e a arte de ter um gás infindável no Jiu-Jitsu: “O segredo é dosar”

Leandro Lo tenta estrangular Alan Finfou, no Rio Open de Jiu-Jitsu. Foto: Gustavo Aragão/ GRACIEMAG

No último fim de semana, o ginásio do Tijuca Tênis Clube foi palco da sexta edição do Rio Open de Jiu-Jitsu da IBJJF, evento que ocorre paralelamente ao charmoso Internacional de Masters e Sêniors.

Mais que isso, foi palco também de mais uma grande luta entre um magrinho e um superpesado, um tipo de confere que sempre fez parte da essência do Jiu-Jitsu.

Leandro Lo, bicampeão mundial dos leves, inscreveu-se dessa vez no peso médio, e a tática deu certo: ele venceu o absoluto, após final com João Gabriel Rocha.

Após passar pelo meio-pesado Felipe Preguiça (Gracie Barra) na semifinal do aberto, Lo venceu João Gabriel por uma vantagem. Após o combate, ele comentou a vitória consagradora com GRACIEMAG:

“O diferencial nesta luta foi novamente minha guarda, precisei usar minha guarda-aranha ao máximo para vencer esta [risos]! Após tantos anos de treino, eu me sinto bem por baixo, seja o adversário um cara grande como o João ou um cara menor. Eu uso esse jogo de guarda-aranha sempre e tem dado certo – domino sempre uma das mangas e seguro firme ali perto da boca da calça,  e repito isso na academia. E deu certo na final do absoluto”, disse o aluno de Cícero Costha.

Na mesma tarde, Leandro faturou o ouro no peso médio com uma finalização no braço contra Alan Finfou (Checkmat) na final. Ele contou o que mudou nessa nova categoria:

“Eu me preparei melhor do que no Pan, quando atuei também entre os médios e não fui bem. Agora estou fazendo musculação e preparação! Acho que isso foi fundamental para eu chegar bem no peso médio. Eu não gostava muito de malhar, mas agora estou pegando peso e me sentindo bem mais forte”, contou Lo, que elogiou bastante o vice-campeão.

“A luta com Alan Finfou foi boa, eu já havia lutado com ele em São Paulo antes do Rio Open. Ele é muito duro por cima, aplica boas quedas e é rápido. Finfou me derrubou, mas eu me ajeitei e devolvi com uma raspagem. Depois peguei as costas e apliquei o estrangulamento, mas o golpe ficou um pouco em cima da boca dele e acabou escapando. Então dominei as pegadas certas no braço e fisguei o armlock no fim”.

Antes de ir embora do ginásio, GRACIEMAG quis saber sobre o seu gás, que parece não ter fim nas lutas. Leandro então ensinou:

“É o que eu falo sempre para o pessoal, colegas de academia e torcedores: na verdade eu não tenho muito gás, não. O que eu faço é dosar muito a luta, segurando firme nas pegadas. Parece que estou atacando o tempo todo, mas tem horas que eu finjo atacar – nessas horas eu descanso às vezes… É preciso saber dosar o ritmo”.

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