Cria da Cidade de Deus, Gabrieli Pessanha é uma daquelas jovens promessas que se tornaram realidade no Jiu-Jitsu, inspirando uma legião de jovens. Aos 21 anos, ela carrega títulos mundiais obtidos nas faixas coloridas, que formaram a base da profissional que hoje coleciona vitórias e títulos na faixa-preta.
Em papo com GRACIEMAG, Gabi contou sobre sua rotina na comunidade do Rio de Janeiro, seus treinos na TMD House, com o professor Marcio de Deus e como se organiza para as competições. Confira abaixo um pouco deste papo que estará em breve nas páginas de GRACIEMAG. Oss!
GRACIEMAG: Como é a vida de uma campeã na Cidade de Deus? Imaginamos que seja cheia de tapinhas nas costas e cortesias, como a de Fernando Tererê no Cantagalo, certo?
GABI PESSANHA: É de boa, a maioria da galera sabe que eu sou lutadora, e os coroas no botequim volta e meia falam, quando eu passo: “Ô lutadora, quero te ver nas Olimpíadas, hein?” Sou bem tratada, todos perguntam sobre os treinos e os campeonatos, mas ainda não cheguei ao ponto de não deixarem eu pagar as contas (risos). Quem sabe um dia!
Como é o seu treino? Faz musculação, ou quase nunca faz?
Faço dois a três treinos por dia de Jiu-Jitsu e um treino de musculação. Estou começando a investir agora em nutrição, vou procurar uma boa nutricionista e um preparador físico. Tento comer bem, com algumas poucas escapadas no fim de semana.
Você tem um caderninho onde sempre anotou seus treinos e posições. Como isso turbinou sua evolução?
Esse meu caderninho daqui a uns anos vai ser uma relíquia (risos). Acho que no Jiu-Jitsu tem técnicas que você aprende numa semana e, se não praticar e repetir, nas próximas semanas já esqueceu como fazer. Eu anotava tudo para lembrar os detalhes, onde eu errava e a posição certa do meu pé ou dos cotovelos. É importante anotar e reler na semana seguinte. Isso ajuda muito. Hoje eu anoto bem menos, mas abro para reler o que eu escrevia mais nova, é irado demais.
Ainda lembra de sua primeira competição?
Minha primeira luta foi num torneio interno na academia, nem lembro se ganhei ou não – todos voltavam para a casa com uma medalhinha dourada. A estreia oficial, foi na faixa-amarela se bem me lembro. Ganhei a primeira luta, mas perdi na final. Essa menina era um carrasco! Ana, o nome dela. Acho que perdi umas três vezes para ela. Mas foi legal, e me lembro da competição até hoje.
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